Trinta e três óbitos foram registados nos confrontos entre reclusos do Estabelecimento Penitenciário de Máxima Segurança e agentes do Serviço Nacional Penitenciário de Maputo, na sequência da tentativa e fuga dos 1.534 condenados. A informação foi avançada pelo Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, numa conferência de imprensa em torno da actual situação de Ordem e Tranquilidade Públicas.
“Nesta confrontação, resultou 33 óbitos e 15 feridos. Nas operações de busca e recuperação de bens pertencentes ao Serviço Penitenciário, conseguiu-se deter, recuperar ou recapturar cento e cinquenta reclusos que estão em algumas Esquadras, mas a serem devolvidos para Cadeia Central”, disse.
Bernardino Rafael adiantou que na sequência das manifestações violentas, 29 terroristas, evadiram-se da Cadeia Central. “Estamos preocupados e associando estas acções todas, que são subversivas e podem ter tendências terroristas. Os manifestantes invadiram a Cadeia de Manhiça, libertaram os presos que lá se encontravam, fizeram tentativa de libertar os condenados que estão na cadeia de Mabalane e atacaram e libertaram parte dos reclusos na Cadeia de Matola. Na aquela cadeia tínhamos vinte e nove terroristas condenados que eles libertaram um dos quais altamente perigoso”, afirmou.
O Comandante-geral indicou que houve o registo de 15 feridos na sequência dos confrontos entre reclusos do Estabelecimento Penitenciário de Máxima Segurança e os agentes do Serviço Nacional Penitenciário. Bernardino Rafael garantiu que as forcas de defesa e segurança estão no terreno para recapturar os 1.384 ainda a monte.
Moçambique vive dias de tensão social na sequência do anúncio dos resultados finais das eleições gerais, marcados por saques, vandalizações e barricadas. O Conselho Constitucional de Moçambique proclamou na tarde de segunda-feira Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos. Sucede Filipe Nyusi da Frelimo, partido que manteve a maioria parlamentar.
C/Agências de Notícias