Cerca de 48,7 milhões de eleitores franceses são hoje chamados às urnas para a primeira volta das eleições presidenciais, à qual se apresentam 12 candidatos, incluindo o Presidente cessante, Emmanuel Macron. As últimas sondagem mostram que o actual presidente tem 25% da preferencia dos eleitos e Le Pen 24%.
O boletim de voto conta com nomes de diferentes quadrantes políticos. Para além de Macron, inclui Marine Le Pen, do partido União Nacional (extrema-direita), Jean-Luc Mélenchon (extrema-esquerda), Valérie Pécresse (Os Republicanos), Éric Zemmour (ex-jornalista e comentador político), Yannick Jadot (ecologistas), Fabien Roussel (Partido Comunista), Nicolas Dupont-Aignan (movimento “República de pé”) e Anne Hidalgo (Partido Socialista). Na corrida estão ainda Jean Lassalle (fundador do Partido Resistamos), Philippe Poutou (operário e sindicalista) e Nathalie Arthaud (partido Luta Operária).
Encarado como o favorito para conquistar a primeira volta do escrutínio (a segunda volta acontece a 24 de abril), Macron viu nos últimos dias a sua vantagem a diminuir e a candidata Marine Le Pen a ganhar terreno nas intenções de voto. As últimas sondagens divulgadas na sexta-feira indicavam que tanto Macron como Le Pen podiam chegar ao primeiro lugar nas presidenciais de hoje, com o Presidente cessante a manter uma ligeira vantagem sobre a candidata da extrema-direita.
A diferença entre estes dois candidatos nunca foi tão curta, segundo as sondagens. Estas indicam que a margem na primeira volta pode situar-se entre um a três pontos percentuais, sem certezas se, apesar da vantagem, Emmanuel Macron será o preferido dos franceses. Caso as pesquisas se confirmem nas urnas, será a reedição da votação de 2017, na qual Macron foi eleito com 66% dos votos.
As sondagens indicam também que uma proporção de franceses não tem a certeza em quem votar ou se irá votar. A par das questões internas, o resultado desta eleição a terá implicações internacionais, numa altura em que o mundo testemunha um conflito na Europa, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A França é a segunda economia do bloco de 27 membros da União Europeia (UE), a única com veto no Conselho de Segurança da ONU e a sua única potência nuclear. O país detém actualmente a presidência semestral do Conselho da UE.
C/Agências de Notícias Internacionais