Emmanuel Macron foi reeleito presidente de França este domingo com 58,2% dos votos contra 41,8% de Marine Le Pen, de acordo com as primeiras projecções avançadas pela imprensa daquele país. Apesar da derrota, a extrema-direita registou um crescimento histórico.
Logo que começaram a aparecer as projecções num ecrã gigante junto à Torre Eiffel onde se encontra os apoiastes do presidente, ouviu-se uma enorme celebração, de acordo com a imprensa francesa. Já na sede de Marine Le Pen ouviram-se vaias .
A reeleição do candidato pró-europeu era esperada pelas sondagens, mas, comparada com 2017 quando também defrontou Marine Le Pen, esta vitória terá uma margem menor. Em 2017, no primeiro duelo entre os dois candidato à segunda volta, Macron venceu com 66,10% dos votos, contra 33,90% de Marine Le Pen. Um sinal de que o descontentamento cresceu com o seu primeiro mandato.
Esse descontentamento também se traduziu numa menor afluência às urnas: segundo as projeções, a abstenção terá sido de 28%, a maior numas presidenciais desde 1969, segundo a Reuters. Certo é que, menos de 10 minutos depois das projeções, Marine Le Pen apareceu ao telefone na varanda do Pavilhão d’Armenonville e abraçou os apoiantes. Subiu então ao palco e começou o seu discurso, reconhecendo a derrota, mas garantindo que é “uma vitória esmagadora”.
“Já fomos enterrados mil vezes, mas mil vezes a história mostrou que eles estavam errados”, afirmou, provocando entusiasmo nas centenas de apoiantes da União Nacional que se encontram no local. “Apesar de duas semanas de métodos injustos, brutais e violentos, as ideias que representamos estão a alcançar novos patamares”, disse, lançando uma promessa e lançando a campanha para as legislativas: “Mais do que nunca, manterei o meu compromisso com a França e com os franceses”, enfatizou.