O jovem suspeito de assassinar o cabo-verdiano Igor Silva em Portugal, e que estava em fuga, foi detido na noite de ontem pela Polícia Judiciária. Renato Gonçalves, de 19 anos, é acusado do homicídio desse adepto do FC Porto que morreu nos festejos da conquista do título de campeão nacional nas proximidades do Estádio do Dragão, na cidade do Porto.
O jovem estaria escondido na casa de um familiar, na cidade do Porto, desde a altura do crime e foi lá que terá sido apanhado pela PJ. Consta, por outro lado, que se entregou na via pública. Sabe-se agora que a faca usada no crime foi roubada de uma roulotte de comida. Logo após a detenção, a advogada de Renato veio dizer que o jovem está “preocupado com a situação e assustado”. Revelou ainda não saber qual a data em que o suspeito terá de se apresentar a tribunal.
“Houve uma entrega. A PJ foi buscar o Renato a determinado local combinado, porque ele informou onde estava”, disse a advogada, sem, no entanto, avançar qualquer informação sobre o pai do jovem, Marco “Orelhas”, número 2 da claque Super Dragões, que também é suspeito das agressões fatais e continua em fuga.
Os factos ocorreram na madrugada de domingo, 08 de maio, na cidade do Porto, em retaliação por uma série de agressões que, desde janeiro, vinham ocorrendo entre o arguido, familiares deste e a vítima. Avança o CM.pt que um grupo de adeptos do Porto, de entre os quais estaria o arguido, perseguiu e agrediu a vítima com murros e pontapés.
Dada a intervenção de populares, que foram igualmente agredidos, a vítima, segundo esse jornal, afastou-se do local, vindo a ser surpreendida pelo arguido, o qual, munido de uma arma branca de dimensões significativas, a “atingiu repetidamente e com extrema violência”, provocando-lhe a morte. Em acto contínuo, todo o grupo agressor dispersou-se, tendo o arguido colocado em fuga”, conforme informa a PJ portuguesa.
Renato Gonçalves, que trabalha como empregado de limpeza, vai ser presente a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação. Ele terá roubado a arma do crime numa roulote.
C/CM.pt e JN.pt