A polícia ucraniana informou que localizou 25 instalações utilizadas pelas forças russas para torturar prisioneiros na região de Kharkiv, no leste, recuperada pela Ucrânia. Alguns terão sido submetidos a choques elétricos e outros tiveram os dedos quebrados .
De acordo com o chefe da polícia da região, Volodimir Timoshko, civis foram mantidos em condições desumanas e torturados nestes campos de prissioneiros. Numa curta mensagem divulgada na rede social Facebook e citada pela agência Europa Press, este responsável escreveu ainda que alguns prisioneiros foram submetidos a choques elétricos e outros tiveram os dedos quebrados.
Kharkiv esteve sob controlo das forças russas desde o início da invasão, em fevereiro, até o início de setembro, quando as forças ucranianas forçaram a sua retirada numa contra-ofensiva. Desde então, foram localizados 920 corpos de civis, incluindo os de 25 crianças que, garantiu Timoshko, foram mortos por soldados russos.
A investigação ucraniana sugere que as forças russas também cometeram crimes de guerra em outras áreas ocupadas, como Bucha, nos arredores de Kiev, onde foram encontrados mais de 400 corpos, a maioria de mortes violentas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, segundo os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a II Guerra Mundial.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.884 civis mortos e 10.947 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
C/JN