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Democratas apresentaram acusações para destituição de Trump

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Os democratas na Câmara de Representantes dos Estados Unidos apresentaram dois artigos para a acusação no processo de ‘impeachment’ contra o presidente. Donald Trump é acusado de colocar seus interesses pessoais acima do nacional e de tentar obstruir as investigações, durante o inquérito para a sua destituição.

Os dois artigos devem ser votados ainda esta semana, no Comité Judiciário, e antes do Natal no plenário da Câmara de Representantes. “O Presidente colocou em risco a nossa democracia, colocou em risco a nossa segurança nacional”, disse o líder do Comité Judiciário, Jerrold Nadler, quando anunciou os dois artigos de ‘impeachment’, em frente a um retrato do primeiro Presidente dos EUA, George Washington. “A nossa próxima eleição está em risco (…) por isso devemos agir agora”, acrescentou Nadler, para justificar a decisão das acusações formais contra Trump.

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Donald Trump, 73 anos, está sob investigação do Congresso num inquérito para a sua destituição (‘impeachment’), acusado de abuso de poder no exercício do cargo. É suspeito de ter pressionado o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, a investigar uma empresa ucraniana da qual foi administrador o filho do ex-vice-presidente Joe Biden, seu rival político nas eleições de 2020, em troca de uma ajuda militar dos EUA.

As audições públicas do inquérito arrancaram em 13 de novembro.

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Na acusação de obstrução, os democratas alegam que Trump procurou obstaculizar todas as investigações, impedindo vários funcionários da Casa Branca de depor perante os comités envolvidos no inquérito para destituição. O Comité Judiciário poderá ainda apresentar novos artigos de ‘impeachment’, no momento de discussão das presentes acusações.

O Presidente rejeita todas as acusações, dizendo que o processo é “uma caça às bruxas”, destinado a fragilizar a sua campanha de reeleição, em 2020, e recusou a participação da Casa Branca durante o inquérito.

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Os artigos de ‘impeachment’ devem agora ser votados no Comité Judiciário, para depois serem levado para aprovação no plenário da Câmara de Representantes, onde precisarão de uma maioria simples. O cenário de aprovação é provável, por causa da maioria democrata no órgão.

Contudo, a líder democrata da Câmara de Representantes recusa antecipar um resultado para a eleição, dizendo que “nunca se preocupou em contar os votos”.

Se forem aprovados, os artigos seguem para o Senado, que se constituirá como uma espécie de tribunal, onde o Presidente poderá apresentar a sua defesa judicial, precisando de uma maioria de 2/3 para que Trump seja afastado do cargo. Mas este cenário é improvável, perante a maioria republicana no Senado, sobretudo depois de manifestações de forte unidade entre a bancada parlamentar que apoia o Presidente.

Fonte: JN

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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