“O governo do estado do Níger – onde ocorreu o rapto – confirmou que o número de estudantes raptados por bandidos na Escola Islâmica Salihu Tanko, em Tegina, na área de governo local de Rafi, é de 136”, afirmaram as autoridades num comunicado citado pela agência noticiosa Efe, enviado pelo gabinete de imprensa do governador, Abubakar Sani Bello.
As forças de segurança “estão a fazer o possível para garantir o retorno seguro das crianças”, garantiu o Governo nigeriano, mas agem “com cautela na perseguição aos bandidos para evitar danos colaterais”. As autoridades estaduais também pedem ajuda ao Governo federal para “equipá-los melhor” para enfrentar esses grupos de sequestradores.
Cerca de 200 alunos estavam na escola Salihu Tanko, no Estado do Níger, na altura do ataque. Alguns conseguiram escapar e os sequestradores libertaram outros, com idades entre 4 e 12 anos, porque eram “pequenos demais para andar”, disse um dos funcionários da escola à agência de notícias AFP.
Este mais recente rapto de crianças no país ocorreu no dia seguinte à libertação de 14 estudantes de Kaduna (norte da Nigéria), após 40 dias de detenção. Cinco foram executados pelos raptores nos dias que se seguiram ao rapto para pressionar as famílias e forçar o Governo a pagar um resgate. As famílias dizem ter pago um total de 180 milhões de nairas (357 mil euros) para recuperarem os filhos.
O ataque de domingo é o mais recente de uma série de sequestros de crianças em idade escolar e estudantes, nos últimos meses no centro e noroeste da Nigéria, onde há uma década gangues armados aterrorizam as populações, saqueando vilas, roubando gado e praticando raptos para obter resgates.
Sem contar os estudantes sequestrados no domingo, pelo menos 730 crianças e adolescentes já foram raptados desde dezembro de 2020.
O país mais populoso da África enfrenta enormes desafios de segurança, incluindo uma rebelião ‘jihadista’ no nordeste, que ceifou mais de 40 mil vidas desde 2009.
Fonte: Noticias ao Minuto