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Criança prodígio termina o liceu com 12 anos e entra na faculdade

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O adolescente prodígio Suborno Isaac Bari tem 12 anos e concluiu o ensino secundário em junho deste ano, para dar início ao seu percurso académico na Universidade de Nova Iorque. Pretende começar a estudar Matemática e Física no outono, mas já tem em vista a possibilidade de ingressar num programa de doutoramento. “Espero terminar a faculdade aos 14 anos, na primavera de 2026.”

Os dotes de Suborno se manifestaram cedo. De acordo com a CNN Internacional, aos dois anos memorizou a tabela periódica, dá palestras em universidades na Índia desde os 7 e graduou-se no final de junho no liceu Malverne, em Nassau Contry, Nova Iorque. Para isso, saltou para o 12.º ano depois de ter concluído o 9.º e, segundo a emissora WABC-TV, tornou-se o aluno mais jovem de sempre a concluir os estudos na escola secundária. Numa escala de 100 pontos GPA, Suborno obteve cerca de 96 no primeiro ano de liceu e 98 no segundo e último ano, relata o canal de notícias de TV por assinatura.

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Quando começou o 12.º, prossegue a mesma fonte, frequentou cursos sem grau em várias universidades de Nova Iorque, incluindo a NYU, a Stony Brook University, a City University of New York e a Brooklyn College. “Foi um desafio totalmente novo para mim”, partilha o adolescente. “Há muito mais trabalhos de casa, aulas muito mais longas, (muitas) mais matérias e materiais novos e está tudo condensado num tempo muito mais curto do que na escola”, reforçou. 

O adolescente-estudante, cuja família diz que também é hábil em pintura, debate e toca piano, também pode vir a fazer história na Universidade de Nova Iorque quando der início à sua licenciatura em ciências. O porta-voz da universidade informou a família Bari que “sem que a NYU proceda a uma revisão completa dos seus registos, não tem conhecimento de que alguém mais novo do que Suborno tenha sido admitido”, de acordo com uma cópia de um email partilhado com a CNN.

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Suborno foi introduzido na educação desde cedo pelos seus pais, Rashidul e Shaheda Bari. O pai, Rashidul, ensina física no liceu técnico de Brooklyn e a mãe, Shaheda, é professora do ensino básico. Em 2014, notaram que o filho mais novo era excepcionalmente inteligente quando lhe ensinaram matemática básica, segundo Rashidul Bari. “Na altura, a minha mulher era professora dele. Um dia (…) ela estava a ensinar-lhe um mais um, e ele respondia: ‘Mãe, um mais um são dois'”, disse Rashidul Bari. “E a mãe perguntava-lhe: ‘Então, quanto é um mais dois? E então ele dizia ‘três’, e depois questionava a mãe, ‘se um mais um é dois, podes dizer-me, por favor, o que é n mais n?’”

As perguntas apanharam Shaheda de surpresa, diz o marido. Rashidul admite que inicialmente não deu importância ao facto de o seu filho mais velho, Refath Bari, de 21 anos e estudante na Universidade de Brown, também ser inteligente. “Por isso, disse à minha mulher: ‘Ok, não há nada de surpreendente aqui, provavelmente fê-lo para chamar a atenção'”, relata Rashidul Bari. “Mas continuava a acontecer. Começou a decifrar todos os conceitos matemáticos”.

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O pai de Suborno, que na altura era estudante de matemática, partilhou a fascinante descoberta com um dos seus professores. “O meu professor disse: ‘Não pode ser, uma criança de 2 anos não consegue fazer isso. Deviam prestar muita atenção'”, diz Rashidul Bari.

Suborno continuou a surpreender, o que acabou por levá-lo a ser convidado a frequentar cursos de nível universitário, continua o seu pai. E, em 2016, o então presidente dos EUA Barack Obama enviou a Suborno uma carta a elogiar o brilhante estudante pelo seu trabalho árduo e as suas realizações. 

Em 2020, quando tinha 7 anos, recebeu convites de faculdades na Índia para dar aulas, o que começou a fazer três vezes por ano. “Isso dá-lhe muitas oportunidades de ter conversas com diferentes níveis de especialização, estudantes, professores, presidentes de faculdades, muitas pessoas”, defende Rashidul Bari. Apenas quando completar 14 anos , altura em que planeia se formar na NYU, a Mensa (organização internacional dedicada à realização de testes cognitivos) poderá fazer um teste de QI.

Até lá pretende continuar a tendência de ensino da sua família, tornando-se um dia professor de matemática e física. “É absolutamente louco”, disse sobre o facto de se iniciar na NYU no outono. “Mal posso esperar por todas as oportunidades que vou ter, vou poder conhecer pessoas que estão realmente interessadas (…) totalmente em matemática e ciências, e pessoas que também se estão a formar em matemática e física e que querem descobrir estes mistérios por detrás do universo”

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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