O Brasil ultrapassou as 600 mil mortes associadas à covid-19. Mais concretamente 600 077, números revelados ontem pelo consórcio de veículos de imprensa.
Este triste recorde foi assinalado ontem pelo brasileiro na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde uma organização não-governamental exibiu seis centenas de lenços brancos, um por cada milhar de mortes, para homenagear as vítimas da doença no país. Uma homenagem que também serviu para criticar o actual governo de Jair Bolsonaro, acusado de incompetência, irresponsabilidade e insensibilidade.
Só os Estados Unidos da América somam mais mortes associadas à covid-19 do que o Brasil. Mas se tiverem em conta apenas os números de 2021, o Brasil é líder mundial com 405 mil óbitos registados. Segundo o levantamento, actualmente há 21.893.752 casos confirmados de infecção pela doença.
Em São Paulo, um grupo de seis estudantes entrou em evento do presidente Jair Bolsonaro, em Campinas, para protestar contra as 600 mil mortes causadas pela pandemia de Covid-19 e por corte de verbas para o Ensino Superior. Bolsonaro mandou os jovens saírem do local. Estes deixaram a cerimónia espontaneamente e de forma pacífica. Quando a palavra foi passada ao presidente, uma jovem que estava na plateia se levantou e disse: “Seiscentas mil mortes por Covid, contra o corte de verbas para ciência e tecnologia, pela universidade pública, fora Bolsonaro!”
O presidente, já no púlpito, mostrou irritação, dizendo que os jovens saíram para não responder quanto é 7 x 8, raiz quadrada de 4. “Saiam agora daqui”, gritou o presidente de seguida. Mais adiante em seu discurso, Bolsonaro falou que os manifestantes eram “dignos de pena”.
C/Metrópoles.com