O presidente do Brasil viajou na manhã de hoje para os Estados Unidos, acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. O encontro entre Bolsonaro e Trump está previsto para a próxima terça-feira, 19, na Casa Branca, em Washington.
Esta viagem, diz o Governo brasileiro, ocorre no quadro da aproximação do Brasil aos Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial, atrás somente da China. Da agenda de Jair Bolsonaro consta encontros com “formadores de opinião”, empresários, com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e com Donald Trump.
Será um encontro privado, com a presença apenas de um tradutor. Será a primeira reunião entre os dois presidentes, que apenas conversaram por telefone após a vitória de Bolsonaro. Na oportunidade, Trump informou que desejava trabalhar com o presidente brasileiro nas áreas militar e de comércio.
No final, os dois presidentes farão uma declaração à imprensa na Casa Branca. Ainda na terça, Bolsonaro fará uma visita ao Cemitério Nacional de Arlington, com passagem pelo Túmulo do Soldado Desconhecido.
Bolsonaro informou na semana passada que três acordos poderão ser assinados durante a viagem. Um dos actos é um acordo de salvaguardas tecnológicas, que permitirá o uso comercial da base de lançamento de Alcântara (MA).
O acordo é negociado desde 2000, chegou a ser assinado, porém foi rejeitado pelo Congresso. O compromisso tem cláusulas que protegem a tecnologia usada pelos dois países. Prevê que os EUA poderão lançar satélites, foguetes e mísseis da base do Maranhão, mas o território continuará sob jurisdição brasileira.
A crise na Venezuela também deverá ser tratada nesta visita. Brasil e EUA estão entre os países que não reconhecem a legitimidade de Nicolás Maduro e consideram Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
Trump já afirmou que enviar militares para o país sul-americano “certamente é uma opção”. O governo brasileiro, contudo, tem dito que não participaria de uma intervenção na Venezuela. A fronteira com o país, em Roraima, está fechada há mais de três semanas por ordem de Maduro.
De acordo com “O Globo”, Bolsonaro deve anunciar o fim da exigência de visto para turistas dos EUA, Canadá, Japão e Austrália que visitarem o Brasil. Mas Presidência ainda não confirma a medida.
O Ministério do Turismo é favorável ao fim da exigência e preparou a minuta do decreto. Cidadãos dos quatro países já conseguem tirar um visto eletrônico para entrar no Brasil.