Um ataque russo a um teatro em Mariupol, que servia de abrigo para mais de mil pessoas, entre crianças e mulheres, está a provocar revolta em todo mundo. Ainda não é claro se existem vítimas.
O Presidente da Ucrânia acusou a Rússia de causar “centenas de vítimas” no bombardeamento. “Em Mariupol, a Força Aérea Russa lançou conscientemente uma bomba no Teatro Dramático, no centro da cidade”, disse Volodymyr Zelensky, acrescentando ser “ainda desconhecido o número de mortos”.
O Ministério da Defesa russo negou ter bombardeado a cidade e alegou que o edifício foi destruído pelo batalhão ultranacionalista ucraniano Azov. Na semana passada, Moscovo já tinha culpado este batalhão pelo bombardeamento de uma maternidade e hospital pediátrico perto de Mariupol, que causou três mortos e 17 feridos.
Para o presidente da Câmara de Mariupol, Vadym Boichenko, o ataque só pode ser descrito como um genocídio: “O genocídio da nossa nação, do nosso povo ucraniano”. Mais de mil mulheres e crianças sobreviveram. “O prédio [do teatro] está destruído, mas temos mais de mil mulheres e crianças no abrigo antiaéreo, no porão”, disse o deputado Dmytro Gurin.
Além do ataque ao teatro, as tropas russas bombardearam, durante a madrugada de quinta-feira, uma escola na cidade de Merefa, próxima de de Kharkiv, matando pelo menos 21 pessoas. Outras 25 pessoas ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, informa o gabinete do procurador regional de Kharkiv, na sua página do Facebook.
C/Sol.pt