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Angola abre processo-crime contra responsáveis da IURD

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O director do gabinete de comunicação do ministério do Interior de Angola, Waldemar José, anunciou em Luanda a abertura de um processo-crime contra responsáveis da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Este processo, de acordo o oficial da Polícia Nacional, surge na sequencia de denuncias feitas de práticas ilícitas e criminais. 

José explicou que, inicialmente, a corporação investigava dois processos-crimes, que evoluíram para um unificado, resultado de denuncias anônimo apresentadas em Janeiro e das recentes denuncias publicas feitas por pastores e bispos, escreve a Angop. 

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Citando a mesma fonte, a Angop prossegue dizendo que este estão a ser realizadas diligencias policiais para aferir a veracidade dos factos denunciados, alguns dos quais atentam contra a pessoa humana, crimes de branqueamento de capitais, de entre outros ilícitos. 

Foi no dia 28 de Novembro último que um grupo de bispos e pastores anunciou a ruptura com o bispo Edir Macedo, líder da IURD, por alegadas praticas doutrinais contrarias à religião, como a exigência da pratica de vasectomia, além da evasão de divisas para o exterior. 

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Um comunicado assinado por mais de 300 bispos e pastores angolanos denuncia que, nos últimos 12 meses, a liderança brasileira, por orientação de Edir Macedo, passou a “forçar os pastores angolanos a submeterem-se ao processo de vasectomia”.

A propósito, a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou que está a investigar, já há algum tempo, as denúncias de castração química e vasectomia de que são, eventualmente, submetidos alguns pastores da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola.

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O vice-procurador-geral da República, Mota Liz, afirmou que “já corre um processo de uma denúncia de caso de castração química em tempos idos. E esse processo corre o seu trâmite normal”.

A PGR acredita terem surgido “novos elementos” que serão levados a apreciação, objectivo de trabalho e investigação. Paralelamente, incentivou as pessoas a, sempre que tomarem nota de factos criminais, para participarem, mesmo por meios oficiosos. Garantiu que a PGR está aberta para investigar, esclarecer e, se tiver factos, introduzir a juízo.

Já a direcção da Igreja Universal declara que se trata de uma “rede de mentiras arquitectadas por ex-pastores desvinculados da instituição, por desvio moral de condutas e até criminosas, com o único objectivo de terem a sua ganância saciada”.

Fonte: Angop

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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