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Economia

Volunturismo São Vicente abrange centenas de pessoas em menos de um ano

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O projecto Volunturismo São Vicente, em jeito de balanço, estima ter abrangido até este mês de Dezembro centenas de pessoas nas áreas sociais, educacionais, de empreendedorismo, do ambiente, na proteção das tartarugas e formações. Este número resulta de mais de 35 turistas que visitaram São Vicente dentro do conceito do voluntariado internacional nas férias  ainda outras dezenas de estrangeiros e nacionais residentes na ilha que se aproximaram do projeto e que fizeram chegar a este número.

“Tivemos, por exemplo, aqui um casal de médicos, que em apenas numa semana fizeram rastreios médicos a mais de duzentas pessoas na OMCV e ao domicilio. Temos feito inúmeras formações, eventos desportivos , temos acima de 15 pessoas  que ajudamos localmente com os projetos e a canalização de fundos”, expõe Miguel Louro, um dos responsáveis pelo projeto

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O Volunturismo tem trabalhado com a associação Ponta d’Pom nas escolinhas de verão e nas campanhas de proteção das tartarugas, possui parcerias com a Delegacia de Saúde, a OMCV e recentemente  associamos com a Biosfera I em campanhas de limpeza que fazem nas praias.

Este conceito consiste num tipo de turismo diferenciado, que personaliza experiências e proximidades de cada turista com as organizações e comunidades. Usando como ferramenta as redes sociais, o projeto atrai turistas diferenciados e aloja-os em diferentes associações.

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Ana Fernandes, uma das colaboradoras do projeto, afirma que visitou Cabo Verde no ano passado e quis voltar para fazer algo diferente. “Não queria ficar emergida nos centros, então conheci o Miguel, que me falou sobre o volunturismo e logo me identifiquei”, conta, a jovem, que é de nacionalidade portuguesa.

Exposição de crianças

Miguel Louro e Ana Fernandes, em entrevista asseguram que a proteção da identidade das crianças é uma preocupação, que os faz estar em permanente vigilância com os voluntários. “Antes dos voluntários iniciarem suas funções, socializamos o nosso código de conduta, e isso inclui que  não podem tirar fotos com as crianças, ao menos que autorizado pelos seus responsáveis, numa dinâmica e sem mostrar os rostos”, sublinha, Louro.

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O Volunturismo nasceu a 25 de Abril deste ano. Uma simples coincidência, sendo que o dia representa o dia da Revolução dos Cravos, em Portugal, mas que agrada os seus idealizadores, porque este conceito também representa “liberdade”.

Miguel Louro, também de de origem portuguesa, começou a fazer voluntariado na ilha do Monte Cara em Janeiro, em algumas organizações, mas já a equacionar trazer o  volunturismo à ilha. “Desde que cheguei comecei a idealizar este conceito de volunturismo e a passar para o papel as ideias que tinha para associar o voluntariado a um turismo sustentável. Tive oportunidade de conhecer a Ana e outros voluntários que chegaram e fomos amadurecendo a ideia”. 

A adesão ao projeto tem “motivado os voluntários nacionais a terem outras ambições na vida, como em formações académicas, apoiadas também pelo Volunturismo“. Após quase oito meses , o programa interrompe-se nas férias de Natal e retorna em 2020 com novos planos.

Sidneia Newton (Estagiária)

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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2 Comentários

  1. Boa noite.
    Chamo-me António Pereira, 63 anos,sou professor aposentado e vivo em Azeitão.
    Desde 2014, sou voluntário da Associação “Ser Mais Valia”, criada pela Fundação Calouste Gulbenkian, com missões em S. Tomé e sobretudo na Guiné-Bissau, de onde acabei de regressar.
    Como voluntário da Associação “Para Onde?”, estive, durante um mês, em setembro de 2018, numa missão, nos arredores do Mindelo, na Ribeira da Craquinha, no Centro Jovem, dirigido pelo Frei Silvino. Além do acompanhamento das crianças no centro, desenvolvi atividades de formação (pedagogia, didática e língua portuguesa) dos monitores do centro, de algumas escolas primárias e do escola de formação de professores no Mindelo. As minhas competências passam pelo ensino da língua portuguesa e francesa e formação de professores nos domínios da língua, métodos de ensino e avaliação das aprendizagens.
    Vou voltar ao Mindelo para rever os muitos amigos que fiz e as pessoas que conheci em 2018. Ficarei entre 18 e 26 de maio. Se no âmbito do VOLUNTARISMO, puder de alguma forma ajudar, com seminários de questões práticas de regras da língua portuguesa, oficinas de escrita de poesia haiku com observação da natureza , Novo Acordo Ortográfico, etc., encontros com professores ou outra coisa que vos ocorra, estarei ao vosso dispor para planificarmos uma ou mais atividades.
    Volto a partir para Bissau no dia 25 de janeiro e regressarei a 1 de abril.
    Cumprimentos.
    António Pereira

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