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Três padarias de S. Vicente encerradas para reforçar medidas de higiene

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Três padarias de S. Vicente – Pãozinho Quente, Alecrim e Palácio do Pão – foram obrigadas a suspender a sua produção e fechar as portas para atender as solicitações das inspecções Geral das Actividades Económicas (IGAE) e do Trabalho (IGT) em termos de reforço de higiene e prevenção da Covid-19. Com receio de ruptura no abastecimento do mercado, as críticas à actuação das autoridades começam ganhar intensidade. O inspector geral do IGAE, Elisângelo Ramos, confirma que está em curso na ilha uma fiscalização no sector alimentar.

De acordo com fonte Mindelinsite, as três padarias foram encerradas ontem e, ao longo do dia de hoje, estão a passar por uma vistoria completa por causa do enchente de moscas que se verifica, mas também por conta de um caso confirmado de Covid-19 em um destes estabelecimentos. “Vamos ter de colocar correntes de arco, ao invés de cortinas e redes para evitar a entrada de moscas”, detalha um funcionário de uma das padarias. 

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Enquanto as padarias tentam cumprir as recomendações da IGAE e da Inspecção Geral do Trabalho, estas vão estar com as portas encerradas. “Estamos a tentar até às 16 horas montar as correntes de arco, reforçar a limpeza e a higienização e, se tudo correr bem, esperamos retomar as actividades o mais rápido possível”, acrescenta esta nossa fonte. Em actividade estão as padarias Clássica, Vitória, Jolú e Sport.

Ao Mindelinsite, o inspector geral da IGAE, Elisângelo Ramos explica que está em curso uma fiscalização conjunto em S. Vicente no sector alimentar e irão realizar várias outras no decorrer desta semana. “Hoje estamos a abarcar o sector alimentar. Nos dias anteriores, foram os ginásios e temos planos para contemplar outros sectores durante esta semana”, explica. 

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Instado a explicar se esta acção no terreno na ilha do Monte Cara vem na sequência do aumento dos casos de covid-19 registado na ilha, este garante que este não foi o único motivo para está fiscalizaçao. “Constatamos a necessidade do cumprimento das normas sanitárias previstas no Decreto-lei 47 de abril passado. A apreciação que temos é que em S. Vicente o decreto não está sendo respeitado. A fiscalização está a incidir precisamente sobre o cumprimento destas normas, mas também foca sobre questões de higiene dos espaços e legalidade das actividades. São requisitos que a lei impõe para o exercício da actividade comercial, industrial ou outro”, acrescenta. 

Ramos aproveitou para esclarecer que estão proibidas a reabertura de discotecas e bares e a realização de festas ou convívios com fins lucrativos ou políticos que propiciam a aglomeração de pessoas. “Os prevaricadores serão autuados e os espaços serão encerrados. Esta é uma medida a nível nacional, não apenas nas ilhas onde há casos de covid-19. Até 31 de outubro as actividades em bares, discotecas e outros estão proibidas. Os ginásios também estão encerrados. Não podem publicitar reabertura porque estarão a infringir a lei e serão autuados. As multas, nestes casos, vão até um milhão de escudos, dependendo da combinação das infracções”. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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