A Direção-Geral do Tesouro vai conceder uma extensão dos avales dos financiamentos que a TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde contraiu junto da Caixa Económica, segundo resolução do Conselho de Ministros. Esta informação foi avançada pela Ministra de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Janine Lélis, para quem esses avales já existem e o que se está a fazer é apenas estender o seu período de validade para que a companhia possa honrar os seus compromissos junto deste banco comercial.
“É preciso dar seguimento e continuidade ao Plano de Estabilização e Retoma da TACV”, justificou a porta-voz do Conselho de Ministro, destacando, por outro lado, que este ano está pensada a aquisição, via leasing, de uma segunda aeronave para operar na companhia de bandeira.
Foi aprovada ainda neste reunião ministerial um acordo de financiamento entre Cabo Verde e Uni Credit Banque da Áustria para financiar um projecto de dessalinização para Boa Vista, no valor de 10 milhões de euros. A dessalinizadora terá uma capacidade de produção de 5 mil metros cúbicos por dia”, indicou. Segundo a ministra, este investimento justifica-se numa perspetiva de vencer “o desafio da disponibilização da água potável para a ilha da Boa Vista e que ela possa ser mais permanente a um melhor custo”, realçou a a Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares.
A previsão é de que a dessalinizadora deverá estar a funcionar até final de 2024, frisou, acrescentando que foi aprovado ainda o diploma que regula a prestação dos serviços digitais relacionados com activos virtuais e a constituição de bancos virtuais/digitais, na expectativa de que “entidades que queiram laborar nesse sector devem fazer um registo prévio junto do Banco de Cabo Verde.”
Entende a Ministra que há uma grande janela de oportunidades a nível financeiro e económico desses ativos virtuais e Cabo Verde quer preparar-se em relação a essa modalidade de transação.
Igualmente, o CM aprovou uma alteração às normas vigentes, referentes ao domínio “cv”, como forma de maximizar as suas potencialidades e para que os operadores possam ter mais opções, afirmou, explicando que esta “alteração vai permitir a ARME delegar a uma outra entidade a gestão e a operacionalização do registo e do nome do domínio “cv”.