A Sociave, empresa de produção e comercialização de produtos avícolas, está a colocar diariamente no mercado mindelense entre 40 a 50 mil ovos para atender a demanda própria desta época e assim evitar as habituais rupturas do produto. Este número se traduz num ligeiro aumento em relação à media habitual.
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Ao Mindelinsite, João Santos expressou satisfação pelo facto de, durante a quadra festiva do Natal, não se ter registado falta de ovos no mercado em São Vicente. Admitiu, no entanto, que persiste ainda alguma “psicose”, muitas vezes induzida por mini-mercados que, sem uma razão plausível, decidem racionar as vendas, sobretudo por esta altura do ano. “Muitas vezes, uma pessoa solicita uma dúzia de ovos e as lojas e mini-mercados aceitam vender apenas seis. Isto provoca alguma estresse e, com isso, as pessoas tendem a armazenar ovos em casa desnecessariamente.”
O director da Sociave tranquiliza os consumidores, dizendo que a empresa está com uma boa produção de ovos. “Diariamente estamos a colocar no mercado de S. Vicente uma média de 40 a 50 mil ovos para atender a demanda, que é maior nesta altura devido ao elevado consumo para confecção de bolos e sobremesa, e também porque há mais emigrantes na ilha. Mas não há falta de ovos, pelo contrário, inclusive aumentamos a disponibilidade, não obstante as responsabilidades com outras ilhas.”
Relativamente aos demais produtos avícolas comercializados, designadamente o frango, João Santos explica que a empresa enfrentou algumas complicações no segundo semestre do corrente ano devido a problemas com a importação, resultante dos incêndios de verão em Portugal. “Tivemos dois transportes para Cabo Verde falhados. Mas estamos com abate e temos frangos para venda. Os cabazes só vão normalizar a partir da primeira semana de janeiro”, acrescenta.
Fazendo um breve balanço das atividades da Sociave ao longo do ano económico, o director da empresa garante que 2024 foi um ano normal em termos de produção e de comercialização. Mas poderia ter sido melhor se a Sociave não tivesse enfrentado dificuldades sobretudo a nível da logística dos transportes e junto de instituições do Estado. “São questões que nos ultrapassam. Por exemplo, às vezes algumas instituições não conseguem emitir um documento por falta de sistema”, reforçou.
João Santos termina dizendo que, pelo menos a crónica falta de sistema nas instituições, poderia ser ultrapassada com recurso aos modelos anteriores, quando ainda não havia sistema, sobretudo porque, no caso da Sociave, a empresa trabalha com produtos perecíveis.