O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) apresentou esta quarta-feira em S. Vicente os cursos Cuidador de Dependente, Secretariado e apoio à Direcção, Pastelaria e Panificação e Capacitação de empregadas domésticas em matéria de cuidados, destinados a cerca de 80 jovens. Os custos destas formações são suportados pelo Fundo do Emprego e da Comunidade Europeia.
Segundo o director regional do IEFP, longe vai o tempo em que a formação profissional era só para quem não tinha condições para ir à universidade. “Precisamos cada vez mais de jovens com especificidades técnicas que conseguem responder às necessidades do mercado, mas que também conseguem gerar riqueza e criar negócios para o nosso país”, afirmou, realçando que os desafios da atualidade num contexto de competitividade e concorrência são cada vez mas exigentes.
Diz César Fortes que os desafios da atualidade, num contexto de competitividade e concorrência, exigem cada vez mais uma aposta na qualidade da oferta formativa, bem como uma atitude empreendedora e de responsabilidade de cada jovem no processo de aprendizagem valorizando o saber, saber-fazer, ser/estar, mas acima de tudo, o querer. Contudo, é papel do Estado criar a ponte entre os sonhos e a vontade dos jovens cabo-verdianos e o mercado e as oportunidades de emprego.
“O desafio de criar empregos dignos é um contributo para o crescimento económico mais forte e inclusivo. Isto, assente num forte investimento na diversificação da oferta formativa alinhada às necessidades do mercado, que irá permitir a melhoria de qualidade de vida das famílias. Para o horizonte 2026,o objetivo é formar, capacitar e qualificar para o mercado de trabalho, cerca de 60 mil jovens por todos os cantos deste país”, assegurou.
Com este propósito, prossegue, o Governo quer aumentar (até 2026) para 8%, a taxa de participação dos jovens em medidas de apoio à formação profissional, qualificação, empreendedorismo e ensino técnico. Outra grande meta é elevar a taxa de inserção dos jovens no mercado de trabalho para 70%, num prazo de até um ano a formação profissional. Como geradores de rendimento e de emprego, torna-se um contributo importante para a economia deste país, indica.
Em suma, defende que a Formação Profissional já não é o parente pobre do ensino e da formação em Cabo Verde e que o Governo tem vindo a reforçar no Orçamento de Estado recursos e incentivos de modo a debelar os desafios que se colocam aos níveis da acessibilidade, financiamento e sustentabilidade da formação e estágio profissional para que “ninguém fique de fora”.
Andrea Lopes (Estagiária)