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Queda de Al-Assad e novo pacote de sanções contra Rússia contribuíram para acréscimos de 1.23% nos preços dos combustíveis em C. Verde

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As reações dos mercados e investidores à queda do regime autoritário do presidente da Síria, Bashar Al-Assad e a aplicação do 15.º pacote de sanções contra a Rússia foram algumas das razões que contribuíram para o acréscimo médio de 1,23 por cento nos preços máximos dos combustíveis que vigoram desde às zero horas desta quarta-feira, 01 de janeiro de 2025.

De acordo com a Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME), a nova tabela de preços dos combustíveis revela que a Gasolina passa a ser vendida a 131,40 ESC/L; o Gasóleo Normal, a 118,90 ESC/L; o Gasóleo para Eletricidade, a 103,20 ESC/L; o Gasóleo Marinha, a 90,90 ESC/L; o Petróleo, 142,10 ESC/L; o Fuel 380, passa a custar 84,20 ESC/Kg e o Fuel 180, 86,40 ESC/Kg.

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Já o Gás Butano passa a custar a granel 151,80 ESC/Kg; sendo que as garrafas de 12, 5Kgr estão a ser vendidas a 1897,00 ESC; as de 6Kg, a 911,00 ESC; as de 3 Kg, a 433,00 ESC e as de 55 Kg, 8.347,00 Escudos. “No mercado interno, os preços do Butano, da Gasolina, do Petróleo, do Gasóleo Normal, do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 aumentaram em 1,13%, 0,69%, 5,10%, 1,45%, 0,82% e 1,08%, respetivamente, enquanto os do Gasóleo Eletricidade diminuiu 0,19 e do Gasóleo Marinha 0,22%. Tudo somado, corresponde a um acréscimo médio dos preços dos combustíveis de 1,23 por cento”, pontua. 

Comparativamente ao período homólogo – janeiro de 2024 -, a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a uma diminuição de 0,69 por cento. A Arme cita os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, para dizer que os preços médios nos mercados internacionais, cotados em dólares por toneladas métricas (USD/MT), comercializados no país, diminuíram, em média, em 1,09% de novembro para dezembro. “Quando consideradas individualmente, as cotações médias da Gasolina, do Jet A1, do Gasóleo ULSD e do Fuelóleo 0,5% diminuíram em 0,73%, 2,82%, 1,99% e 0,34%, respetivamente, enquanto o do Butano aumentou em 0,40 por cento.”

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No mês de dezembro, a cotação média do petróleo Brent nos mercados internacionais correspondeu a 72,73 USD/barril, tendo registado uma diminuição de 0,60% quando comparada à cotação média do mês de novembro (73,17 USD/barril). No entanto, esta descida foi atenuada pelas reações dos mercados e investidores ao cessar-fogo instável entre Israel e Hezbollah e pela crise política na Coreia do Sul, a quarta maior economia da Ásia. Ainda: pelas reações à queda do regime autoritário do presidente da Síria, Bashar Al-Assad, o que aumentou o risco geopolítico na região do Médio Oriente. 

A estes junta a afirmação de que haverá uma oferta mais restrita de petróleo na Europa durante o inverno devido a decisão por parte da UE de aplicar o 15.º pacote de sanções contra a Rússia, visando a chamada frota fantasma que transporta crude. “Caso seja eficaz, pode limitar a oferta e o fornecimento dos mercados, mas também pelas expectativas dos mercados e investidores sobre os cortes nas taxas de juros de referência pelo Banco Central Europeu, e pela Reserva Federal dos EUA”, detalha.

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Os novos preços dos combustíveis vão vigorar entre 01 e 31 de janeiro.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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