O Governo reitera que o Conselho de Administração da TACV Cabo Verde Airlines continua no exercício das suas responsabilidades de gestão, assegurando a continuidade das operações da companhia aérea nacional. Esta afirmação do Executivo contraria as afirmações feitas pelo ministro dos Transportes, José Luís Sá Nogueira, que garantiu que o PCA, Pedro Barros, vai ser substituído para reforçar a operacionalidade da companhia aérea de bandeira.
De acordo com um comunicado emitido pelo Gabinete de Comunicação e Imagem do Governo, neste momento, não existe qualquer deliberação em contrário que ponha em causa a legitimidade do atual órgão. “Não houve, até à presente data, nenhuma decisão de demissão do Conselho de Administração, nem por iniciativa do Governo, nem em consequência das ocorrências registadas no dia 31 de agosto, envolvendo duas aeronaves operadas em regime de ACMI (Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance“.
Revela ainda a nota que estas ocorrências são objeto de acompanhamento pelas entidades competentes da aeronáutica civil e não têm qualquer relação com a continuidade do mandato do Conselho de Administração. E reitera ainda que, nos termos do Código das Sociedades Comerciais e da estrutura de governação empresarial, qualquer decisão sobre a composição ou alteração do Conselho de Administração cabe exclusivamente à Assembleia Geral da empresa. “O Governo, enquanto acionista, respeita integralmente os mecanismos legais e institucionais que regulam a vida societária da TACV,” pontua, reafirmando o compromisso com a estabilidade institucional da TACV, elemento essencial para garantir a confiança dos passageiros, dos parceiros e do setor da aviação civil.
Esta posição do Governo contraria as afirmações feitas no jornal da noite da TCV e repostas no noticiário da tarde da RCV pela tutela do sector, o Ministro do Turismo e Transportes, José Luís Sá Nogueira, que disse o Presidente do Conselho de Administração da TACV, Pedro Barros, iria ser substituído pelo Governo para reforçar a operacionalidade da companhia aérea.
“Pedro Barros não pediu demissão. O que há é, de facto, um acordo para a mudança da governança da empresa. Isto quer dizer o quê? Significa que vai haver mudança a nível do Conselho de Ministérios. Sairá, portanto, alguns administradores, já ficarão outros e haverá mudança a nível do Conselho de Administração”, declarou, justificando que esta mudança tinha a ver com a necessidade de reforçar a eficiência da performance de funcionamento da TACV.
Pedro Barros, recorda-se, substituiu Sara Pires na liderança do Conselho de Administração da TACV-Cabo Verde Airlines em junho de 2024.