O Governo aprovou em Conselho de Ministros o Diploma que autoriza os Ministérios das Finanças e do Turismo e Transportes a darem passos no sentido de registo e legalização de uma empresa autónoma que vai dedicar-se aos transportes aéreos domésticos. Será uma empresa de capitais públicos, nesta fase inicial, e terá como missão garantir a mobilidade interna de passageiros e cargas.
De acordo com uma nota do Ministério do Turismo e Transportes, esta decisão concretiza a decisão recente do Governo em dotar o país de uma empresa que garanta um serviço de qualidade, contínuo e pontual e poder amplificar os proveitos do bom momento que o país atravessa a nível do Turismo.
Foi em fevereiro deste ano que o Primeiro-ministro, revelou, a margem da Bolsa de Turismo de Lisboa, a intenção de criar uma empresa autónoma dedicada ao sector, numa visão de longo prazo. “A autonomização desta empresa será a próxima fase do nosso plano estratégico. Queremos garantir uma operação eficiente e focada nas necessidades do transporte inter-ilhas”, afirmava Correia e Silva.
Argumentava, por outro lado, que os TACV estão comprometidos em expandir a sua capacidade de oferta, principalmente porque o turismo está em ascensão e há uma “demanda interna reprimida”. “Os turistas hoje procuram também viagens entre as ilhas, portanto faz sentido aumentar a capacidade de oferta. A nossa prioridade é atender às necessidades dos passageiros e acompanhar o aumento do turismo. A retomada das operações inter-ilhas é um passo significativo nesse sentido.”
Garantia, por outro lado, que a operação inter-ilhas não implicaria custos adicionais para a empresa, considerando o mercado existente e a disposição das pessoas em pagar por viagens entre as ilhas. De recordar que, desde 27 de fevereiro deste ano, a TACV Cabo Verde Airlines retomou os voos domésticos, operados com um avião ATR alugado à Air Senegal.