O ritmo de crescimento económico continuou a acelerar em Cabo Verde no primeiro trimestre deste ano, mas continua ainda abaixo da “linha vermelha” e muito longe dos valores recordes registados em entre 2017 e 2019. O indicador de confiança atingiu o valor mais alto dos oito trimestres consecutivos, evidenciando que o clima de negócios é favorável, diz o Inquérito de Conjuntura aos Agentes Econômicos divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística.
Por sectores, no “Comércio em Estabelecimentos” o indicador de confiança contrariou a tendencia ascendente dos últimos trimestres e situou-se abaixo da média de série. Os empresários justificam a conjuntura desfavorável neste sector com a insuficiente procura e com os preços de venda demasiado elevados. Igualmente na “Construção”, a conjuntura é desfavorável, dizem, por causa de dificuldades na obtenção de credito, excesso de burocracia e insuficiente procura.
No “Turismo”, o indicador manteve a tendência ascendente e a conjuntura é favorável. Segundo os operadores, dificuldades financeiras e insuficiente procura foram os principais obstáculos no primeiro trimestre. Cenário que se repete no “Comércio em feira”, que continua a subir, evoluindo positivamente em relação ao mesmo período de 2021. Neste sector, a conjuntura é claramente favorável.
A nível da “Indústria Transformadora”, o indicador de confiança regista uma ligeira diminuição quando comparado com o período anterior, situando-se abaixo da média de série. A conjuntura é desfavorável. De acordo com os empresários, os empresários denunciar falta de matéria-prima e frequentes avarias mecânicas nos equipamentos. Situação inversa se verifica nos “Transportes e Serviços Auxiliares aos Transportes”, que registou o valor mais alto dos últimos nove trimestres. A conjuntura é favorável, mas dizem os empresários que houve insuficiente procura e concorrência.