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Aumento generalizado do preços dos combustíveis: Acréscimo médio ascende a 4,72%

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Todos os produtos petrolíferos estão a ser comercializados desde às zero deste sábado, 01 de fevereiro, com acréscimo médio de 4,72 por cento. A Agência Reguladora Multisectorial da Economia (Arme) justifica os aumentos dos preços dos combustíveis, de entre outros, com as reações dos mercados e dos investidores ao contínuo incremento da procura de petróleo.

Assim, a gasolina está a ser vendida a 136,90 escudos/litro; o gasóleo normal, a 123,80 escudos/L; o gasóleo para eletricidade a 108,10 Esc/L; o gasóleo marinha a 95,20 Esc/L, o petróleo a 148,10 Esc/L; o Fuel 380, passa a custar 89 Esc/Kg e o Fuel 180, 91,30 Esc/Kg. Já o gás butano custa a granel 158,50 Esc/Kg; sendo que as garrafas de 12,5Kg estão a ser vendidas a 1981 escudos; as de 6Kg a 951 escudos; as de 3 Kg, a 452 escudos e as de 55 Kg a 8.717 escudos.

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Estes  valores se traduzem em aumentos, no mercado interno, de 4,41% para o gás butano, 4,19% para a gasolina, 4,22% para o petróleo, 4,12% para o gasóleo normal, 4,75% para o gasóleo eletricidade, 4,73% para o gasóleo marinha, 5,67% para o Fuelóleo 180 e 5,70% para o Fuelóleo 380, correspondendo a um acréscimo médio de 4,72 por cento.

Os dados do Platts European Marketscan e LPGasWire, explica, indicam que os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais comercializados no país, aumentaram, em média, em 7,80% de dezembro de 2024 para janeiro de 2025. “Quando consideradas individualmente, as cotações médias do Butano, da Gasolina, do Jet A1, do Gasóleo ULSD e do Fuelóleo 0,5% aumentaram em 9,33%, 7,04%, 8,15%, 6,85% e 7,64%, respetivamente”, lê-se no comunicado da agência.

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Os principais motivos elencados para esta subida dos preços do petróleo têm que ver com as reações dos mercados e investidores ao incremento da procura de petróleo, face às maiores necessidades de consumo, devido as temperaturas mais baixos na Europa e nos Estados Unidos da América. A este junta a implementação do novo pacote de sanções económicas sobre a Russia e o Irão, reforçado com o aviso emitido na China proibindo os petrolíferos sancionados pelos EUA de operarem nos seus portos.

A subida foi no entanto atenuada pela divulgação de notícias económicas negativas dos EUA e da Alemanha; pela valorização do dólar norte-americano que torna mais cara a transação do petróleo para os compradores detentores de outras moedas; pelo anúncio do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas; pelas reações dos mercados e investidores à tomada de posse da nova administração Trump e por seu discurso no fórum económico mundial em Davos, Suíça, onde defendeu que o preço de petróleo deverá baixar e pediu à Arábia Saudita e à OPEP para reduzirem o seu custo.

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Os novos preços máximos dos combustíveis vão vigorar até 28 de fevereiro.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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