O treinador Aldevino dos Santos, mais conhecido por Larss, procurou a imprensa para manifestar a sua revolta devido à falta de campo de treino na véspera do jogo contra o Batuque FC, a contar para o campeonato regional Sub 19. A revolta do ‘coach’ da equipa da Ribeira Bote, é maior porque, afirmou, os espaços estavam a ser ocupados pela velha guarda.
O treinador Sub-19 justificou a sua indignação dizendo que a sua equipa está em competição, mas ontem, sábado, devido ao treino da equipa da Boa Vista da Praia no estádio Adérito Sena, os seus jogadores ficaram sem treinar. “Compreendemos o facto da Boa Vista da Praia estar a treinar no Estádio Municipal Adérito Sena por causa da final no sábado contra o Palmeira, mas entendo que a Associação Regional de Futebol deveria ter nos oferecido uma alternativa.”
O mais grave, afirmou, é que quando soube da indisponibilidade do campo no horário habitual, tentou contactar os responsáveis pelo futebol em S. Vicente, sem sucesso. “Desde quinta-feira tentamos contactar quem de direito para resolver o problema, mas optaram por não responder. Ontem, viemos ao Centro de Estágio para treinar, mas a velha guarda está a jogar, pelo que não pudemos treinar. Fomos também ao Campo d’Bitim e a situação se repetiu”, sublinhou.
Inconformado, lembra que está em causa um jogo de escalão de formação pelo que, perante tanto descaso, entende que a única solução será abandonar. “Não é aceitável. Temos de começar a valorizar o futebol de formação, sob pena de ficarmos para trás. Estamos a ser prejudicados e não é por acaso que o futebol de São Vicente tem estado a decair. A ilha precisa apostar na formação.”
De acordo com Larss, a equipa da Ribeira Bote vai defrontar o Batuque no domingo, em jogo da fase de grupos. “Nesta partida vamos discutir a liderança da primeira fase do campeonato Sub 19. É triste esta situação. Deveria ter sido resolvido antecipadamente. E não falo agora apenas como treinador da equipa da Ribeira Bote, mas sim de formação porque vamos jogar no domingo e não conseguimos treinar na sexta-feira”, desabafou, realçando que não é a primeira vez que deparam com obstáculos do género. Ao contrário, são já muitas vezes.
Para este treinador, é preciso encontrar solução urgente para estas questões, que são desmotivantes para os jogadores e para os formadores. Por outro lado, recorda, este é um trabalho gratuito. “A nossa compensação é ver os nossos jogadores fluírem. Estas situações nos deixam tristes”, reforça.
O Mindelinsite tentou ouvir a Associação Regional de Futebol, que se mostrou indisponível para prestar qualquer esclarecimento.