A seleção de São Vicente perdeu a final 6ª edição da Taça Independência frente a sua congénere de Santiago no último do prolongamento, após empate a zero no tempo regulamentar. O golo que consagrou o conjunto da ilha de Santiago foi apontado por Chibinho, colocando assim o ponto final em uma competição, que passou por duas ilhas na fase de grupos – Santo Antão e Sal – e cuja final foi disputada no Estádio Nacional, cidade da Praia.
Foi um jogo digno de uma final, muito estratégico e bem disputado pelas duas seleções. Na primeira parte, a seleção de Santiago conseguiu realizar algumas jogadas de perigo que foram travadas sempre pelo guarda-redes Patrick. Mas São Vicente respondeu a altura, inclusive chegou a testar os reflexos de Piti, através de um cabeceamento intencional de Camará logo no início da segunda parte.
Nesta altura, as duas seleções disputavam o domínio do meio-campo. No entanto, a partir dos 60 minutos, Santiago subiu no terreno e se aproximou mais da grande área do combinado mindelense, mas nunca conseguiu furar a defesa adversária. O nulo persistia teimosamente.
O jogo foi para o prolongamento, mas nesta altura era já evidente o desgaste dos atletas de ambas as equipas. Ainda assim, as duas seleções conseguiram esboçar lances de perigo. No derradeiro minuto, Chibinho aproveitou uma defesa incompleta de Patrick e marcou o golo que deu o troféu à seleção de Santiago, que foi entregue ao Capitão Emerson pelo Presidente da República, José Maria Neves.
Com este triunfo, Santiago passa a liderar o palmarés da Taça Independência com seis títulos, um a mais que São Vicente que permanece com cinco. As seleções do Sal e do Fogo venceram a competição uma vez cada. A prova, refira-se, é promovida pela Federação Cabo-verdiana de Futebol desde 1985.
Foram ainda premiados Chibinho MVP da final, Melhor Guarda-redes Patrick (São Vicente), Melhor Marcador William e Melhor Jogador Henry, ambos da Boa Vista, Melhor Treinador Loloty (Santiago) e Seleção Fair Play Santo Antão.