O director executivo da Zona Oeste da União das Federações de Futebol Oeste Africanas (UFOA) faz um balanço positivo da fase final de qualificação da Zona A da Liga dos Campeões de Africanos em feminino, que terminou ontem no Mindelo. “Tivemos bons espectáculos, muitos golos, emoção e festa na final. E, o mais importante foi que as atletas e as equipas se sentiram bem acolhidas em Cabo Verde”, afirmou Gerson Melo.
Este responsável desportivo africano não tem dúvidas que as comitivas que estiveram em Cabo Verde viram e sentiram que foram criadas todas as condições para a competição e para os treinos durante toda a sua estada no país. “Este é o feetback que tivemos. Mas, naturalmente que eles mais do que nós, podem avaliar o trabalho que foi feito aqui nos últimos dias, com grande satisfação. A primeira equipa a ser qualificada para a fase final da Liga de Campeões saiu daqui do país e primeiro jogo começou aqui”, apontou Gerson Melo.
Este são, de acordo com o DE da UFOA, factos que deixam todos os cabo-verdianos orgulhos do país, que conseguiu organizar uma boa competição em um contexto um pouco difícil. Gerson lamenta particularmente a impossibilidade de ter público no estádio. “Esta é a realidade actual, mas acredito que as comitivas trouxeram e acrescentaram algo mais ao futebol feminino em Cabo Verde”, frisou, deixando claro que São Vicente também saiu a ganhar, basta ver a satisfação dos elementos da Confederação Africana de Futebol (CAF) que estiveram presentes na ilha.
“Sentimos o reconhecimento de um trabalho extraordinário que a comissão local fez, desde a Federação, a Associação, Câmara Municipal e demais parceiros, mas também o empenho dos oficiais nacionais em absorver o máximo possível. Um dos objectivos traçados quando se elaborou o Plano Estratégico era precisamente descentralizar as competições. Levá-las para os países mais pequenos e cidades que não apenas as capitais”, descreve.
O propósito era levar o desenvolvimento do desporto, em especial do futebol à todos. Isto porque, entende Melo, se concentrarem as actividades há países que nunca vão chegar lá. E os objectivos foram completamente alcançados nesta vertente. “Acabamos também por promover a própria ilha. Se formos ver, a mascote e a música da competição foram criadas por pessoas de S. Vicente. Os próprios troféus foram concebidos e produzidos aqui. Portanto, tudo o que se viu aqui foram da responsabilidade de nacionais.”
Melo destaca a promoção como o maior legado que esta competição deixa no arquipélago, realçando que se multiplicado cada membro das delegações que esteve no país por mais três ou quatro e a quantidade de seguidores que acompanharam os jogos nas redes sociais e o trabalho de comunicação e de imagem, o alcance é enorme.
A fase final de qualificação da Zona A da UFOA para a Liga dos Campeões Africano de futebol feminino decorreu na cidade do Mindelo de 24 a 30 de julho. Os jogos foram disputados no Estádio Adérito Sena completamente remodelado, marcando a retoma do futebol na fontinha.
