A Escolinha de Futebol “Domings Bomber” em São Vicente recebeu um donativo constituído por materiais escolares e equipamentos desportivo, enviado pelo emigrante nos Estados Unidos, Hernani Modesto. Domingos António Gomes, mentor da escola, diz-se satisfeito com esta oferta que, garante, vai melhorar e de que maneira as suas condições de trabalho e incentivar ainda mais os pupilos, mas pede às autoridades para aliviar na Alfandega, sob pena dos emigrantes desistirem de apoiar.
O donativo, de acordo com Domingos, é composto por bolas, cronómetros, bombas, cones de treino e conjunto de equipamentos. E ainda cadernos, lápis de carvão e de cores, borrachas; canetas; afiadores, de entre outros. “O donativo foi feito por um amigo. Está em Cabo Verde a cerca de um mês, mas foi somente na sexta-feira que chegaram nas nossas mãos. Imediatamente fizemos a distribuição”, informa num exclusivo Mindelinsite.
Esta demora, diz, deveu-se sobretudo a constrangimentos enfrentados na Alfandega. “Tivemos alguns constrangimentos porque tentaram nos obrigar a pagar a nova tarifa, no montante de 5.500 escudos. Tivemos de pedir a intervenção do director da Alfandega para pagar a taxa mínima. Esta é uma situação complicada que o Governo precisa resolver, sob pena de os nossos emigrantes deixarem de apoiar os nossos projectos sociais. No caso, estamos a falar de um donativo em materiais escolares e desportivos, sendo que estes últimos são usados, mas ainda ajudam no nosso trabalho”, refere.
Domingos explica que, neste momento, um grupo de emigrantes em Luxemburgo estão a recolher produtos para enviar para a escola de futebol, pelo que já vai colocando as autoridades nacionais de sobreaviso. “Queremos fazer, no caso trabalhar com as nossas crianças, afastando-as de outros perigos e, para isso, contamos com ajuda dos nossos amigos-emigrantes. Mas estamos receosos por causa da Alfandega”, conclui.
Constança de Pina
