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Cultura

Zeca Pagodinho cantou para pouca gente na Lajinha

O cantor e compositor brasileiro Zeca Pagodinho fez na noite de ontem um show na praia da Lajinha de “puro samba”, infelizmente para uma plateia reduzida, constituída essencialmente por pessoas com “mais idade”. O mais caricato é que o espectáculo deste artista, que celebra 35 anos de carreira, encerrou o Festival da Juventude pelo que, a priori, esperava-se um público essencialmente jovem no areal desta que é a principal praia urbana da cidade.

Zeca cantou os seus maiores sucessos, muitos dos quais conhecidos dos mindelenses através das telenovelas e participações em programas da TV no Brasil e que são assistidos aqui em Cabo Verde. São disso exemplo as músicas “Ser humano”, “Deixa vida me levar” e “Faixa Amarela”. O espectáculo durou pouco mais de uma hora – começou por volta das 20 horas e terminou antes das 21h30. Durante este tempo, o cantor falou e interagiu com o público. A plateia também cantou com o artista, que diz ter ficado fascinado com São Vicente e deixou claro que gostaria de voltar.

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É mais estranho por isso a pouca participação dos mindelenses, conhecidos por apreciarem um bom espectáculo. Há quem fala em cansaço das pessoas, mas também de outras actividades e de, no mesmo dia e hora, o Benfica estar a jogar. “Penso que houve pouca divulgação. Por outro lado, este espectáculo arrancou na hora marcada, 20 horas, o que não é habitual em São Vicente. Muita gente chegou o show estava a terminar. Também havia jogo do Benfica. Tudo isso contribui para afastar as pessoas”, diz Luís Silva.

Mas, o facto de se fazer este espectáculo na praia da Lajinha, foi também uma decisão arriscada das autoridades, tendo em conta a craveira deste artista. “Penso que se este espectáculo tivesse acontecido na Rua de Lisboa, o público seria maior. Lembro, por exemplo, o show de Seu Jorge, que lotou esta rua. Foi um espectáculo vibrante e que ficou na história”, lamentou Maria da Cruz, que disse, no entanto, ter apreciado o show de Zeca Pagodinho.

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A verdade é que, pelo número de pessoas presentes na praia da Laginha – em torno de 500 pessoas -, questiona-se a viabilidade de trazer um artista com o gabarito de Zeca Pagodinho, acompanhado da sua banda de mais de 20 pessoas para São Vicente, tendo em conta os custos com a deslocação e estadia.

Constânça de Pina

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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10 Comentários

  1. Continuem ta da pa dod !!! O povo está é a ficar farto. FARTO !!! Farto de ser tratado de palhaço. Isso é que quer dizer ter um espetáculo com um artista do nível de Zeca Pagadinho para meia duzia de gatos pingados. De notar que show era de BORLA. Gratis. Benfica estava a jogar o quê ? Final da CHAMPIONS ? nÃO. bENFICA JOGAVA CONTRA UMA EQUIPINHA.
    Vão dando desculpas que é melhor assim quando a bomba cair não sobrará ninguem para contar.
    Povo está farto !

  2. Tratar gente d’Sôncente de palhaços, é o Ulisses dizer que estão investindo 11.000.000 de contos em S. Vicente. Só para terem uma ideia, a estrada Porto Novo Janela, uma das maiores infraestruturas feitas em CV, apôs a Independência, custou pouco mais de 1.000.000 de contos. É inacreditável, que este sátrapa, vem para S. Vicente, diz tudo o que quer, com aquele sorrisinho de “gozo”, e ainda recebe palmas de 1/2 de patetas… Ele sabe o que é 11.000.000 de contos. Agora; o que ele pensa é que os “tanás”, que o aplaude, não sabem o que é 11.000.000 de contos. Diante dos cegos fanáticos que o apoia, ele podia dizer 11, milhões de contos, como 100 milhões de contos e recebia aplausos.

  3. É assim mesmo, Mindel Insite, Parabéns! Lajinha escreve-se correctamente é com jota (j). Daqui a nada outros jornais vão começar a escrever o nome correctamente, e aí as coisas tomam caminho. Critica-se o mau uso do português pelos jovens universitários, mas quem devia fazer escola são os primeiros a escrever asneiras. Espero que a Câmara Municipal de S. Vicente, no próximo evento, não volte a escrever Lajinha com G.

  4. Penso que em vez de se questionar se vale a pena trazer um artista dessa craveira (penso que vale e muito porque S.Vicente merece como sempre mereceu), devia-se antes era questionar a lijeireza como se passou a organizar as coisas na ilha. Pensa-se nas coisas mas depois esquece-se de pensar que é nacessario tambem pensar em todos os pormenores. E que no fim, deve-se pensar se nao ficou nenhum pormenor por pensar. Por exemplo, esta simples ideia de dois palcos, com as duas primeiras noites na lajinha e a terceira na rua de Lisboa é muito boa, entretanto, os organizadores, que teriam a obrigacao de a pensar, nao o fizeram. Pergunta-se, porquê? Preguica? Falta de respeito? Nem uma coisa nem outra. Simplesmente, um aspeto muito negativo que comeca acontecer em S.Vicente, que é o de se achar que essas falhas sao normais.

  5. Tá na cara que a população e constituida de burros e conservadores. Zeca é mestre em humildade , solidariedade é um professor de samba de verdade.

  6. UMA ILHA COMPLETAMENTE SATURADA DESSE POLITICOS, QUE NEM DE GRAÇA JÁ SE ASSISTE AOS SHOWS. ZECA PAGODINHO É PARA GENTE COM MAIS DE 40 ANOS, LOGO NÃO ERA ARTISTA PARA ESTAR NUM FESTIVAL DE JUVENTUDE. SE FOSSE NA RUA DE LISBOA TERIA TIDO MUITA ASSISTÊNCIA.
    DEPOIS É O ATREVIDO DO UCS É QUE VEM COM AS SUAS PROMESSAS A GOZAR COM O POVO. MAS JAJA JAJA ISSO VAI ACABAR.

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