Mariventos leva “Música gera cultura, Música gera economia” para Womex
A produtora Mariventos vai levar o seu projecto “Música gera cultura, Música gera economia (MGCMGE)” para a edição 2022 do Womex, que terá em Lisboa de 19 a 23. O convite para participar desta montra de música do mundo partiu da Procultura Palop TL – Instituto Camões, no âmbito da subvenção atribuída à este projecto musical, cultural e turístico, financiado pela União Europeia e co-financiado e gerido pelo Instituto Camões.
Em conferência de imprensa proferida no Mindelo, Conceição Delgado justifica este convite dizendo que o projecto “Música gera cultura, Música gera Economia” , que propõe promover a musica tradicional cabo-verdiana, enquadra-se nos objectivos deste grande encontro de Lisboa. “ O Womex é um encontro de músicas do mundo, mais precisamente de promoção das músicas tradicionais. Por isso, abraçamos este projecto e aceitamos este convite para estarmos neste evento, que terá centenas de stand no Altice Arena, entre produtores, agentes culturais, artistas e músicos.”
O Womex, diz São Delgado, é um palco enorme de gente que vende as suas músicas e cultura. Por isso o interesse, enquanto Mariventos e o projecto MGCMGC de ir promover, mais uma vez, a música e a cultura de Cabo Verde. “Este projecto é focado na musica tradicional – morna, coladeira, batuque e tudo o que é a nossa música. É mais um palco onde vamos promover a morna enquanto Patrimônio Imaterial da Humanidade, que é o nosso objectivo sempre que fazemos concertos. Vamos levar videos e tudo o que está relacionado com nosso projecto. Esperamos encontrar mais parceiros, criar networking com outros produtores e agentes culturais, e trazer mais conhecimento”, explicou, realçando que, a semelhança do MGCMGE, o Womex também tem vários pequenos concertos em diferentes palco.
“Serão cinco dias intensos para aprender, apreciar, divulgar e promover a música de Cabo Verde, através do nosso projecto. Vamos estar no stand do Procultura, junto com outros projectos dos Palops. Em conjunto seremos um só promover o continente, os nossos países e a nossa cultura. Procultura é o nosso anfitrião. Vamos estar ali representando não só o Procultura, enquanto financiador do nosso projecto, como também para promover Cabo Verde, a nossa música e a nossa cultura”, clarifica São Delgado, que vai acompanhado de Kisó Oliveira, nesta deslocação à Portugal.
Do programa do Womex, segundo Conceição, constam várias conferencias e workshops sobre promoção da música africana, como levar e formas de entrar em novos mercados, como agir em épocas de crise e como os agentes culturais podem encontrar soluções para enfrentar estes e outros obstáculos. “O nosso objectivo é beber de tudo isso. Na parte da manhã terão lugar as conferências e iremos participar do máximo possível de forma a podermos vir muito mais ricos. Ainda estamos a analisar tudo para escolher os melhores e que nos dão mais bagagens.”
Relativamente ao MGCMGE, esta explica que o projecto, que vai até finais de 2023, tem várias vertentes. Ao longo deste ano já realizaram vários workshops e concertos e, em breve, vão entrar em estúdio com um dos artistas afectos ao projecto para gravar um CD, diz São Delgado sem especificar quem é o artista escolhido. Trata-se, diz, de um jovem músico local, independente, ou seja sem um agente, que trabalham a música tradicional e tem desejo de mostrar o seu talento. Paralelamente, prossegue, vão continuar com os concertos como forma de promover e divulgar mais espaços de referencias em São Vicente, que precisam de um olhar do Património ou da CMSV.
A expectativa da empresa de produção de eventos Mariventos é, por outro lado, a partir do próximo ano, 2023, angariar mais financiadores ou parceiros para dar mais sustentabilidade e transformar o projecto “Música gera cultura, Música gera Economia” em um ponto do roteiro cultural e turístico de São Vicente, organizado, com divulgação atempada para que as agências de turismo possam ter e passar esta informação aos seus guias sobre os espaços de concertos livres e gratuitos.