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Lembra-te de mim

E quando a morte vier me buscar,
Lembrar-te-ás de mim?

E quando no seu leito me deitar,
Lembrar-te-ás de tudo o que já fui e já fiz?
Gritarás pelo meu nome, quando a minha alma pelo rio Aqueronte passar?
Ou, assim como Caronte, no silêncio absoluto permanecerás?
Lembra-te de mim…

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Que te lembres de mim assim, um dente-de-leão, uma chicória louca que, na melodia do vento,
dança em vestes brancas de cetim.
Que te lembres de mim assim, uma frágil flor de vida longa, uma flor de liberdade e de
esperança.

Que te lembres das sementes voadoras que pelas planícies deixei, que um dia florescerão e parte
de mim hão de ser.
A flor que eternizou o seu ser em outro ser que parte de ti há de ser.
Lembra-te de mim…

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Miriam Silva

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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