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Cultura

Grupos oficiais de São Vicente já receberam primeira tranche para o Carnaval 2023

Os cinco grupos oficiais – Cruzeiros do Norte, Monte Sossego, Estrela do Mar, Flores do Mindelo e Escola de Samba Tropical – que vão participar no Carnaval 2023 já receberam a primeira tranche para iniciar a montagem dos estaleiros e arrancar com os trabalhos. O anúncio foi feito esta manha, em conferência de imprensa, pelo presidente da Liga Independente dos Grupos Oficiais do Carnaval de São Vicente. Os desfiles estão marcados para 20 e 21 de Fevereiro, segunda e terça-feira.

Marco Bento confirmou a realização do Carnaval 2023, com o inicio dos preparativos. “Os grupos enviaram os seus orçamentos para a Câmara e Ministério da Cultura e das Industrias Criativas desde 24 de outubro. A CMSV já disponibilizou a primeira tranche, tendo em conta as dificuldades para se montar os estaleiros e começar a trabalhar. Esperamos que o MCIC também disponibilize a sua parte”, avançou, realçando que os grupos já estão no terreno há algum tempo. “É bom que se saiba que, para fazer um bom Carnaval, os grupos têm de preparar os seus enredos, música, etc. E a Ligoc está extremamente satisfeita com o empenho dos grupos e estamos preparados para termos um bom Carnaval.”

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O presidente da Ligoc justifica este lançamento em novembro, lembrando que este ano a festa do Rei Momo vai acontecer mais cedo, a 21 de fevereiro, pelo que o tempo para se conseguir as verbas necessárias e firmar parcerias é escasso. “Tentamos pelo menos antecipar o patrocínio da CMSV a pouco mais de dois meses do Carnaval para que os grupos possam entrar nos estaleiros e começar a trabalhar”, refere Marco Bento, que abre desta forma a época “mais louca do ano”, o Carnaval. 

Por enquanto, apenas cinco grupos oficiais responderam ao convite feito pela Liga Independente, mas Marco Bento acredita que outros poderão ainda aderir. “Entre os grupos oficiais, apenas o Vindos do Oriente ainda não nos enviou uma resposta. Porque o tempo é curto, optamos por confirmar a realização do Carnaval 2023. Mas ainda é cedo. Acreditamos que alguns grupos podem estar a preparar e podem mais tarde dar algum sinal se vão desfilar ou não. Mas, em principio, temos estes cinco grupos: Samba Tropical na segunda-feira às 21 horas e os demais na quarta-feira.”

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Relativamente aos regulamentos, diz, são anuais e aprovados pelo Conselho Deliberativo, que congrega os presidentes de todos os grupos. Entretanto, por conta do impasse que se vive na CMSV, que corre o risco de ficar sem orçamento para 2023, o presidente da Ligoc informa que já se está a equacionar um plano B. “Esperemos que a CMSV possa disponibilizar todo o montante previsto para que se possa fazer um Carnaval de alto nível. Aproveitamos para pedir às empresas de SV e de Cabo Verde, tendo em conta que esta manifestação cultural já ultrapassou as fronteiras desta ilha, para contribuirem para que possamos fazer um bom Carnaval. Não vamos ficar a espera apenas da CMSV e do MCIC.”

Para Marco Bento, é papel da Ligoc e de todos os grupos carnavalescos sair no terreno a procura de recursos para fazer uma grande festa. “Estamos preparados para isso. De qualquer forma, vamos fazer o Carnaval em 2023, mas com aquilo que tivermos. Vamos ter é de fazer um esforço a mais para ir buscar os recursos necessários em outras fontes para poderemos fazer o Carnaval que SV merece.”

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Cada grupo oficial de SV recebeu o montante de mil contos para iniciar os trabalhos, os montantes restantes são disponibilizados de forma faceada. Em termos globais, Marco Bento revela que para se ter o um bom Carnaval é preciso uma verba de 100 mil contos, mas ainda estão muito longe deste valor. “Cada grupo apresenta os seus projectos, tentam conseguir patrocínios no privado ou nas instituições publicas. Somando os valores, temos feito um carnaval a volta dos 50 mil contos”, frisa, aproveitando para lançar um repto às empresas e instituições para contribuir e ajudar a elevar o orçamento. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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