Artistas, escritores, músicos e agentes culturais marcaram presença em uma formação, realizada nos dias 14 e 15, na Casa das Artes em São Miguel, que teve como objetivo fortalecer o domínio e a valorização do crioulo. A capacitação teve como pano de fundo a celebração do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades que se assinala no próximo sábado, 18 de outubro, e se celebra este ano sob o lema “50 anos da Independência, Séculos de cultura”.
De acordo com o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, que presidiu a abertura do certame, a Formação de Bases para a Escrita e Leitura da Língua Cabo-Verdiana (BLCV) marcou o arranque das celebrações do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, que este ano vão acontecer em São Miguel.
Dirigida a artistas, escritores, músicos e agentes culturais, a formação tem como objetivo fortalecer o domínio e a valorização do crioulo, considerado uma ferramenta essencial para quem vive da expressão artística, assegurou.
Na ocasião, Augusto Veiga afirmou que “valorizar a nossa língua é valorizar a nossa cultura”. É reconhecer a força criadora do povo e dar continuidade ao legado de gerações que acreditaram num Cabo Verde mais livre. “A nossa língua é um património vivo. Um espaço de liberdade, de criação e de afirmação nacional. É dever de todos os cabo-verdianos defendê-la e promovê-la”, destacou.
Lembra o governante que todos os anos, a 18 de outubro, o país celebra a cultura e a comunidade cabo-verdiana como o elo que une as ilhas e a diáspora. Mais do que um conjunto de tradições, a cultura é a alma de Cabo Verde — expressa no modo de falar, de cantar, de criar e de viver.
“Cada passo dado em prol da nossa língua é um passo em defesa da nossa identidade cultural. O Ministério continuará a apoiar políticas e iniciativas que fortaleçam o orgulho de ser cabo-verdiano”, pontuou.“A cultura é o que nos define. A língua é o que nos une. E juntos, são o que nos torna eternos”.
