Etapa final da 1ª Travessia Aérea do Atlântico Sul: Há 99 anos hidroavião de Sacadura Cabral e Gago Coutinho aterrava no Rio de Janeiro
Completa-se esta quinta-feira, 17, o 99º aniversário da etapa final da 1ª Travessia Aérea do Atlântico Sul realizada por Sacadura Cabra e Gago Coutinho. A efeméride é lembra em Cabo Verde pela equipa constituída com o objectivo de divulgar este evento histórico, que tem como promotor o jornalista e investigador Ildo Fortes, o engenheiro e activista cultural Carlos Monteiro (S. Vicente) e a Relações Pública Yara Santos (Santiago).
Ao Mindelinsite, o “Point Focal” Carlos Monteiro, faz um recuo histórico para lembrar que foi a 20 de março de 19922 que se deu início a esta aventura, com partida de Lisboa de um hidroavião monomotor especialmente concebido para a viagem, passando por Las Palmas – Gando, São Vicente e Santiago, percorrendo cerca de 3217 quilómetros.
De Cabo Verde, prossegue, o aparelho partiu para o Brasil, tendo percorrido mais cerca de 5 169 km, passando por Fernando Noronha, Recife, Salvador da Baía, Porto Seguro, Vitória e Rio de Janeiro. “Sacadura Cabral e Gago Coutinho chegaram no Rio de Janeiro a 17 de junho. No Total, de Lisboa-Las Palmas-Gando-Ilha de S. Vicente-Ilha de Santiago-Brasil (incluindo todas as localidades no Brasil) foram percorridas cerca de 8 386 km (4527 milhas náuticas, em cerca de 62 H e 26 minutos com uma velocidade média de 134 km por hora”, refere Carlos Monteiro.
Para este engenheiro de profissão, a coragem e determinação de Sacadura Cabral, o único ploto do avião, e o conhecimento e experiência de Gago Coutinho o navegador, foram responsáveis pelo sucesso da 1ª Travessia. Carlos Monteiro aproveita para lembrar que, a 17 de junho de 1922, vai se comemorar os 100 anos desta Travessia, tendo a equipa de Cabo Verde, em consonância com a Associação “Lusitânia 100” de Portugal, preparado um vasto programa de comemoração e divulgação desse grande feito.
Em Cabo Verde a divulgação do projecto, afirma, é um movimento de cidadania, e está batizado com o nome “Cabo Verde – Caminhos da História” e será orientado em três vertentes: Educação, Cultura e Cidadania.