Cartaz do Mindel Ímpar Summer Jazz vivencia a alegria contagiante do artista Biús
A programação da 9ª edição do Mindel Ímpar Summer Jazz, tornada pública esta tarde pela organização, propõe vivenciar a alegria do artista mindelense Biús, a quem presta tributo, no palco da Pracinha de Liceu Bedje. Vão estar no palco desde o mais puro jazz de Boston, o jazz crioulo com jovens de São Vicente, mas também o Afro Jazz com grandes nomes, caso do Etiene Mbappé dos Camarões e de Jimmy DluDlu da África do Sul.
Coube a Alexandre “Xazé” Novais, em nome da organização, agradecer aos patrocinadores institucionais e privados, caso da Câmara de São Vicente, que apelidou de coluna vertebral do MSJ. Também o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas e o Gabinete do Primeiro-ministro, mas também o Grupo Ímpar, que reforçou o seu patrocínio, e a operadora CV Telecom, que tornaram possível este festival orçado em mais de 10 mil contos.
“Esta 9ª edição do festival é dedicada a Biús, que partiu faz dez anos. Para mim, Biús foi um dos expoentes máximos do lado lúdico e divertido do Mindelo. Digo isso porque os mindelenses têm vontade de trabalhar, capacidade para produzir e disponibilidade para divertir e Bíus representa esta disponibilidade que queremos enaltecer agora, dando o nosso contributo para Mindelo como destino que recebe muitos visitantes. Quando um turista ou emigrante vem para São Vicente é porque quer divertir. É este aspecto que queremos realçar com o Mindel Ímpar Summer Jazz”, frisou.
Neste sentido, a programação para este ano é essencialmente festiva e com grupos com muita gente no palco. O propósito? Cativar a juventude mindelense, que tem estado um bocadinho ausente nas edições anteriores do MSJ. Assim, na quinta-feira, 01 de Agosto, está prevista a actuação de Vamar Martins com a sua guitarra virtuosa, segue o baixista camaronês Etienne Mbappé, suportado por sua banda com violino e instrumentos de sopro. A fechar o dia, sobe ao palco o ícone do jazz Maceo Parker e banda, dos Estados Unidos. Para sexta-feira, a abertura fica por conta do agrupamento nacional Preto & Branco, que vai suportar a voz feminina Lizandra Gomes, que é de descendência cabo-verdiana, mas nascida na Madeira. Ainda jazz, directamente de Boston, com Ron Savage e Farayi Malek, seguido do show do famoso guitarrista da África do Sul Jimmy DluDlu & Banda.
“Uma das coisas que quisemos fazer, por conta deste tributo a Biús, foi espelhar em cima do palco o estado de espirito e a alegria deste artista enquanto músico. Esta alegria foi, aliás, um dos legados que ele nos deixou. E vamos conseguir de certeza, graças aos apoios que tivemos da CMSV, do MCIC e do Governo, através do Gabinete do PM, que nos proporcionou a vinda de uma banda de jazz de Boston, do Barkley, que, para além da actuação, vai ministrar formações, o que era um dos nossos sonhos”, diz Vou Monteiro.
Actividades paralelas
A par das actuações, estão previstas actividades paralelas ligadas ao jazz pensadas para, durante uma semana, contaminar a cidade do Mindelo. É assim que, de acordo com Xazé Novais, haverá na segunda-feira um concerto dedicado as crianças, no jardim do Palácio do Povo, com a orquestra “Sab Sabim” da Ribeira d’Craquinha. No palco vão estar entre 30 a 40 crianças, uma forma de incutir nos mais novos o gosto pelo jazz.
Na terça-feira, no mesmo espaço, haverá um concerto intimista com a banda Afro Band de Santiago, que tem como baterista uma criança, que começa a chamar atenção. Trata-se de Zumbi, neto do falecido Presidente da República, António Mascarenhas Monteiro. No dia seguinte, quarta-feira, haverá o espectáculo de pré-abertura no Pontão, que terá uma particularidade, revela Xazé. “Vamos cantar Biús com a cidade do Mindelo, munícipes e os seus artistas. É um momento que queremos dar destaque e em que vamos relembrar e vibrar mais uma vez com a alegria que caracterizou o Bíus. O suporte será da banda que o acompanhou nas noites de música no bar Alta Lua do Mindel Hotel”, assegura.
Quanto a parte formativa, resulta da parceria iniciada no ano passado com o Berklee Boston Scholl of Music, em que esteve no MSJ um assistente enquanto observador. Este ano esta escola de música enviou o professor Ron Savage, que vai ministrar um master class e clinics com jovens bateristas de São Vicente. “Este professor vai transmitir a arte da percussão e teoria musical. A ideia é dar uma dimensão suplementar a estes jovens na sua relação com a música. A partir do próximo ano, graças a esta parceria, o Berklee vai disponibilizar duas a três bolsas de estudos para jovens artistas locais participarem na sua universidade de verão. Os contemplados vão ser escolhidos por Ron Savage, que é um professor sénior muito conhecido”, acrescenta este membro do MSJ, para quem esta era um desejo da organização, na senda de que a educação dá futuro e perenidade ao evento.
Enquanto patrocinador oficial deste festival, o edil Augusto Neves lembrou que a Câmara está sempre presente nos grandes eventos em São Vicente. E o MSJ mostrou que é um deles. Aliás, já vai na sua 9ª edição e acontece no verão, que é quando a ilha é visitada por muitas pessoas. “É bom mostrar coisas bonitas e novas. A cultura faz parte da nossa identidade, por isso a CMSV entende que deve ser sempre uma parceira fundamental para impulsionar todo este esforço de pessoas que organizam estas actividades criativas que movimentam São Vicente”, afirmou o edil, lembrando que a sua autarquia tem um pacote de actividades para este verão, que engloba desde as romarias, passando pelo Kavala Fresk, Carnaval de Verão e Festival da Baía.
Para além do convívio e do cartaz de artistas para este evento que, segundo o autarca mindelense, Augusto Neves, sempre é muito forte, o objectivo é também a vertente económica. É que estes eventos, diz, potenciam e trazem mais dinâmica para a economia porque movimentam esta ilha, que quer manter-se de pé e sempre com a cara levantada.
Ímpar dá nome ao MSJ
Já o CEO do Grupo Ímpar, Luís Vasconcelos, que se posiciona como o grande financiador privado deste festival, preferiu falar do desafio que a seguradora assumiu de dar o seu nome ao evento. “Desde a primeira hora temos vindo a contribuir para a afirmação do jazz em São Vicente e a aumentar o nosso patrocínio na mesma proporção que este festival vai adquirindo em termos de qualidade. No fecho do MSJ foi-nos lançado o desafio de este ano o festival assumir a denominação de Mindel Ímpar Summer Jazz, reforçando o patrocínio. Por coincidência, este é um ano ímpar – 2019 – e, para nós, foi extraordinário em termos de resultados. Também vai coincidir com a inauguração, em breve, na nossa sede na Rua de Lisboa. Mindelo, Grupo Ímpar, ano impar e um artista ímpar como o Bíus é uma combinação irresistível, pontuou.
Luís Vasconcelos lembra que patrocinar actividades culturais já é uma tradição no Grupo Ímpar, muito por conta do fundador Corsino Fortes, que foi um dos mais ilustres homens da cultura em Cabo Verde. Morreu, mas deixou bem vincado esta matriz na empresa. “Fazemos questão de participar. Para além do MJS, somos o principal patrocinador da Academia Livres de Artes Integradas do Mindelo (ALAIM), que tem trazido muitos artistas para São Vicente e Cabo Verde. Também somos patrocinadores do Festival da Baía e do Carnaval. É forte o empenho deste grupo para com São Vicente a a nossa cultura. Estamos a fazer tudo para que este ano o Mindel Ímpar Summer Jazz seja efectivamente ímpar”, finalizou.
Constânça de Pina
Nome de pai, filho, spirt santo … amen !
Excelente ideia!
É assim que deve ser.
Homenagear todos aqueles que nos fizeram tanto bem e ergueram bem alto a nossa ilha.
Parabéns também à Ímpar por ser uma empresa lúcida e amiga.
a foto fala !!!!!!! alegria contagiante e todo programado … Um festival de Jazz nao se faz com tecnocrata ou elite econômica -politica ,se faz com CULTURA !!!!!!
Nome de pai, filho, spirt santo … amen !
Como é tradição, sem Zouks, Kizombas, Funanás e Coladeiras para enganar o povo.
Nome de pai, filho, spirt santo … amen !
É por isso que estamos tão cultos; rabiscar uma parede e, pimba, cultura em marcha
O mutinha é Badiu.
Por isso, compreende-se a sua intervenção.
O badiu “copyrgiht” ataca dizendo que um festival de jazz não se faz com elite económico-política, se faz com cultura.
Em primeiro lugar ninguém entendeu o que ele quis dizer, a não ser, uma soma de palavras.
Em segundo lugar, ele poderia comparar e ver:
que o Mindel summer jazz, é criação e realização do povo (empresários) de S.Vicente. Entre eles, um antigo e experiente PUB, onde há muitos anos se ouve o jazz.
Enquanto que o seu festival é criação e realização da sua Câmara Municipal.
Portanto, nunca ele levantou a vóz para criticar o seu festival que é de facto uma iniciativa administrativo-política mas agora se sente no direito de criticar o festival do Mindelo que é uma iniciativa popular.
Portanto, a necessidade de atacar cegamente, leva as pessoas a fazerem estas figuras ridículas.