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Variante inglesa do vírus Sars-Cov2 detectado em Santiago

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A variante inglesa do vírus do Sar-Cov2 foi identificada em Cabo Verde com a notificação dois casos na ilha de Santiago, informou a Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública. Maria da Luz Lima afirmou que foram sequenciadas 24 amostras enviadas do país no Instituto Pasteur de Dacar e duas destas eram da variante inglesa, que é altamente contagiosa.

Segundo esta responsável, com apoio do escritório local da Organização Mundial da Saúde foram enviados para o Instituto Pasteur no dia 17 de fevereiro, 77 amostras para sequenciação genómica do vírus do Sars-Cov2 recolhidas nas ilhas Santiago, S. Vicente, Santo Antão, Sal e Boa Vista, correspondentes aos meses de dezembro de 2020 e janeiro e fevereiro de 2021.

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Os resultados indicaram que a maior parte do vírus circulante no país é da Europa Ocidental. Foram sequenciadas 24 amostras e, destas, duas eram da variante inglesa. Isto quer dizer que no país circulou ou está a circular a variante inglesa do Sars-Cov2. Esta confirmação é preocupante porque a sua taxa de transmissibilidade é muito maior que o original”, explica.

Para justificar esta sua afirmação, a presidente do INPS citou estudos científicos apontam para 30 a 50% a transmissibilidade e outros que chega a 70%. “O que quero dizer é que a taxa de transmissibilidade é elevada. Isto quer dizer que vai haver mais casos graves e eventualmente mais óbitos”, alertou, aproveitando para insistir na implementação forte de medidas preventivas, sobretudo o distanciamento e o uso obrigatório de máscaras.

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Tudo para que a propagação do vírus seja o menor possível. “A comunicação do risco que vem sendo feita vai ser reforçada nos próximos dias para esta consciencialização da população para a nova situação que o país está a viver. Contamos com a colaboração de todos para a implementação destas medidas e para que Cabo Verde possa finalmente controlar a pandemia.”

O DNS afirmou, por seu turno que, apesar da identificação da variante detectada inicialmente no Reino Unido, ainda não se conseguiu verificar o impacto que esta poderá ter no país. Esta variante tem uma capacidade de transmissão maior e de provocar casos mais graves, mas, de acordo com Jorge Noel, esperava-se nesta altura que houvesse mais casos no arquipélago.

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“Não tivemos uma diminuição da capacidade de diagnostico. Temos estado a utilizar tanto a técnica do PCR como dos testes rápidos de antigénicos que também são válidos para identificar esta variante. Por isso, esperávamos esta variante, tendo em conta as suas características e a evolução da epidemia na França, por exemplo, onde tem estado a ser apontado como a causa de algum agravamento em algumas regiões”, constatou.

O responsável da Saúde Pública garantiu, no entanto, que ainda não se verificou isso no país nas informações estatísticas. Mas vamos continuar vigilantes e as medidas de prevenção continuam a valer. “Esperamos que esta informação venha a sensibilizar ainda mais a população para a importância da sua adoção para evitar situações catastróficas como temos estado a ver a nível internacional”, finalizou.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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