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Vacina russa contra Covid-19 considerada segura

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A vacina russa contra a covid-19 é segura, segundo os resultados preliminares de um estudo publicados esta sexta-feira na revista científica The Lancet. Os testes mostram que as duas variantes candidatas a uma vacina não provocaram reações adversas graves e motivaram uma resposta de anticorpos. 

Dois ensaios de 42 dias, incluindo 38 adultos saudáveis em cada, “não encontraram qualquer efeito adverso sério entre os participantes e confirmaram que as vacinas candidatas provocam uma resposta de anticorpos”, de acordo com a informação divulgada ontem pela publicação.

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São necessários ensaios grandes e de longo prazo, incluindo uma comparação com placebo, e monitorização adicional para estabelecer a segurança e eficácia a prazo da vacina para prevenir a infeção que provoca a covid-19, frisa-se no texto que acompanha a divulgação dos resultados.

“Duas formulações de uma vacina de duas partes têm um bom perfil de segurança”, refere a Lancet, acrescentando que induziram anticorpos em todos os participantes em 21 dias. O estudo envolve uma formulação congelada da vacina e outra liofilizada.

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A congelada foi desenvolvida para uso em larga escala através das cadeias globais existentes para vacinas, enquanto a fórmula liofilizada foi concebida para regiões difíceis de alcançar, pois é mais estável e pode ser armazenada a 2-8 graus centígrados, explicam os cientistas.

Com estas vacinas, os adenovírus também são enfraquecidos, não se podendo replicar nas células humanas por forma a não causar doenças. O adenovírus geralmente causa um resfriado comum.

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Ao explicar por que usaram dois vetores de adenovírus diferentes, o autor principal do trabalho, Denis Logunov, do Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia da NF Gamaleya, Rússia, disse: “Quando as vacinas de adenovírus entram nas células das pessoas, elas fornecem o código genético da proteína spike SARS-CoV-2, que faz com que as células produzam a proteína do pico”.

Logunov referiu que isso ajuda a ensinar o sistema imunológico a reconhecer e atacar o vírus SARS-CoV-2. “Para formar uma resposta imune poderosa contra SARS-CoV-2, é importante que uma vacinação de reforço seja fornecida. No entanto, as vacinações de reforço que usam o mesmo vetor de adenovírus podem não produzir uma resposta eficaz, porque o sistema imunológico pode reconhecer e atacar o vetor”.

Fonte:JN.PT

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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