O Reino Unido antecipou-se à União Europeia e aos Estados Unidos e tornou-se esta ontem o primeiro país ocidental a autorizar a utilização de emergência da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Pfizer/BioNTech. A vacinação poderá arrancar já na próxima semana.
“É uma notícia fantástica”, celebrou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, instantes depois de a autoridade reguladora do Reino Unido ter dado luz verde à utilização da vacina. “Não cortámos nenhuma esquina. A nossa prioridade é a segurança”, defendeu a diretora da agência, June Raine.
As primeiras 800 mil doses já estão a caminho do Reino Unido e o ministro da Saúde, Matt Hancock, anunciou que as primeiras pessoas dos grupos prioritários, incluindo idosos em lares, poderão começar a receber a vacina no final da próxima semana. Todos os hospitais estão de prontidão e vão ser abertos centros de vacinação em todo o país.
PM britânico poderá ser vacinado na TV
A porta-voz do PM britânico revelou esta quarta-feira que Boris Johnson pode vir a ser vacinado em direto na televisão, para provar a segurança da vacina e dar confiança à população. Allegra Stratton garantiu ainda que Johnson não tomará a vacina antes das pessoas consideradas prioritárias.
Também a Rússia já ordenou início da vacinação em massa. O presidente Vladimir Putin garantiu que já na próxima semana da vacinação em massa no país com a vacina russa Sputnik-V, que registou uma taxa de eficácia de 92% nos ensaios clínicos. A Rússia está a discutir acordos de fornecimento a outros países mas, para já, “a prioridade são os russos”, diz o Kremlin.
Mas a UE já veio criticar a decisão “apressada” e “precipitada” do Reino Unido de autorizar o uso da vacina da Pfizer, defendendo o seu próprio processo de avaliação e autorização como mais seguro. A Agência Europeia de Medicamentos espera concluir o processo até ao final do ano.
C/CM.PT