Waldemar Bento, natural de Lisboa – cresceu em São Vicente, mais precisamente na zona de Fonte Filipe -, de 59 anos, foi nomeado pelo Governo para o para o cargo de cônsul honorário de Cabo Verde em Nova Iorque. A tomada de posse realizou-se no passado dia 6 de Dezembro, em Manhattan, no restaurante “Capital Grill”, numa cerimónia que contou com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, José Livramento.
De acordo com uma reportagem do jornal Luso-americano, Waldemar Bento torna-se também no quarto cônsul honorário de Cabo Verde nos Estados Unidos, juntando-se aos existentes em Illinois, Flórida e Geórgia. Filho de cabo-verdianos, Waldemar Bento nasceu na capital portuguesa mas cresceu em Fonte-Filipe- São Vicente. Formou-se em Engenharia Agrónoma na Universidade Patrice Lumumba, em Moscovo e emigrou em 1991 para Nova Iorque, onde consolidou uma carreira no sector financeiro. Foi vice-presidente do JPMorgan Chase e ocupou também funções no Citigroup.
Trabalha atualmente na Merrill Lynch, braço de investimento do Bank of America, como assessor financeiro internacional. Na nova função, cônsul honorário, sublinha a vertente económica e estratégica do cargo, com foco no reforço das ligações entre Cabo Verde e os EUA. “É uma posição mais de negócios e para alavancar Cabo Verde e levar investimento ao país”, afirmou.
A sua integração na organização do Cabo Verde Trade Investment Forum reforça esse propósito, nota Waldemar Bento: “O intuito é esse em Nova Iorque e nos EUA em geral. E, numa segunda função, ajudar um pouco também a comunidade cabo-verdiana de Nova Iorque”, acrescentou a mesma fonte.
Para o entrevistado, a diáspora é uma das maiores riquezas do país, destacando que se estima existir cerca de 1,7 milhões de cabo-verdianos espalhados pelo mundo. Os EUA devem ter um milhão, a maior comunidade fora de Cabo Verde. Portugal é a segunda e depois a Holanda. Só na região metropolitana de Nova Iorque (inclui os estados de Nova Iorque, Connecticut e New Jersey), calcula-se que vivam cerca de 20 mil cabo-verdianos, acrescentou.
Com percurso académico e profissional consolidado e fortes ligações afectivas a Cabo Verde, Waldemar Bento assume agora o desafio diplomático com a ambição de fortalecer a ponte entre a diáspora, o investimento internacional e o desenvolvimento do arquipélago.
