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UCID preocupada com situação social “extremamente” difícil em São Vicente

Os deputados da UCID eleitos por São Vicente estão preocupados com a situação social “extremamente difícil”, constatada durante a visita ao seu circulo. Segundo o presidente António Monteiro, não obstante alguns apoios atribuídos pelo Governo e por ong’s e a titulo individual, há pessoas a enfrentar dificuldades, superiores aos denunciados por diversas vezes pelo partido e que precisam de uma solução urgente. Pior estão as que nada receberam, nem cestas básicas e nem o apoio financeiro do Estado.

O quadro traçado pela UCID é complexo, o que leva este partido a pedir ao Estado, quer o poder Local ou Central, a reavaliar mais uma vez a situação para poder ajudar as famílias que neste momento enfrentam um grau de dificuldade mais grave do que antes da pandemia. “O vírus não é culpa de ninguém, mas está entre nós e temos de cuidar. Cabe ao Governo, à Camara Municipal e à sociedade civil tecer uma malha que permita ajudar as pessoas que estão a passar por grandes dificuldades. Temos casos de famílias com crianças de tenra idade que não conseguem o básico para garantir a saúde dos menores. É preciso pôr cobro a este dilema das famílias”, frisa. 

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Este líder partidário lembra que muitas destas pessoas trabalhavam em empresas que entraram em Lay-Off. Receberam as contribuições dos patrões, mas ainda não viram os  35% da responsabilidade do INPS. Por isso, Monteiro lança um apelo a este instituto para liquidar este pendente. “Se o problema é falta de quadros, então que o INPS os tente encontrar e ajudar na resolução deste problema que, junto das pessoas, acaba por ampliar-se e assim maltratar muitas famílias que estão à espera desta importante parte do salário para assumirem as suas responsabilidades.”

Durante a deslocação, os deputados aproveitaram para visitar algumas instituições, de entre as quais o Instituto Marítimo e Portuário, o Hospital Baptista de Sousa, a Delegacia de Saúde e a Enapor para pedir esclarecimentos. No IMP, por exemplo, voltaram a questionar os responsáveis sobre os constrangimentos que os operadores, nomeadamente os proprietários das carrinhas de transporte de carga entre São Vicente e Santo Antão, estão a enfrentar por causa da entrada de água no navio Chiquinho. Sobre este particular, de acordo com Monteiro, pediram ao IMP para intervir junto do armador para resolver o problema, designadamente fechando as laterais do navio para poupar as propriedades privadas, sob pena dos operadores virem os seus bens deteriorar. 

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“Entendemos que é uma tremenda falta de respeito para com estes operadores o que se está a passar e isso é inadmissível porque pagam os seus impostos e devem ter toda a protecção do Estado de Cabo Verde”, assevera o presidente da UCID, que critica igualmente a acção da Policia Nacional em relação a alguns condutores. Admite que é preciso cumprir as regras, mas alega que é necessário criar as condições de pesagem no local de origem da carga e não na chegada. Mostra-se no entanto mais incisivo em relação as toneladas dos atrelados que, afirma, muitas vezes superam as 45 toneladas, que não são fiscalizados, ao contrario das carrinhas com 2/3 toneladas. 

O aumento do frete do transporte de viaturas entre as ilhas de São Vicente e São Nicolau foi outro ponto a merecer a atenção dos “democratas-cristãos”. Segundo Monteiro, o aumento foi superior a 25%, isto é, se antes se pagava 36 mil escudos para o transporte de uma viatura Dina, agora o preço disparou para 55 mil escudos. Este diz não entender esta grande variação de preço porque a empresa é subsidiada pelo Estado e estes valores vão encarecer os produtos em plena pandemia. 

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Da visita ao HBS, este diz ter constatado algumas carências em termos de cobrança por serviços não prestados por causa da pandemia da Covid-19, o que o levou a assumir o compromisso de levar esta preocupação ao Governo. Condenou, no entanto, a falta de reagentes para fazer exames e analises auxiliares, que não podem faltar nesta altura. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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Um Comentário

  1. Monteiro, bo ta fla li so na politiquice, ta manda ate coloca casas de tambor ao contrario de promove boas politicas….

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