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UCID diz que artigo 6˚ da Lei da Paridade viola direito dos cidadãos

A União Cabo-verdiana Independente e Democrática convocou hoje a imprensa no Mindelo para fazer a antevisão da segunda sessão Parlamentar de Outubro, que começa no dia 29 e que será marcado pelo debate sobre a situação da justiça em Cabo Verde. Em relação aos pontos na agenda, a deputada Dora Pires foca no projecto de Lei da Paridade, sobretudo no seu artigo 6˚ que, diz, viola o direito dos cidadãos. 

“A UCID vai estar atenta a discussão da proposta de Lei da Paridade. Concordamos que existe necessidade de termos paridade em tudo, que os homens e as mulheres tem direitos iguais de participarem na vida activa e na politica, mas achamos que o artigo 6˚ viola os direitos dos cidadãos. Uma lista não pode ser rejeitada por não ter o numero de mulheres que a lei existe”, afirma esta eleita nacional democrata-cristã, para quem não se pode obrigar as mulheres ou os homens a pertencerem a uma determinada lista e nem ir contra o seu direito. Dora Pires promete, no entanto, que o seu partido vai fazer um trabalho serio com homens e mulheres, de forma a que haja vontade de ter o envolvimento na politica cidadãos capazes.

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Em relação a situação da justiça, Dora Pires defende que esta continua lenta e falta transparência, pelo que pede ao Executivo que o cenário atual seja revisto. Ha sonegação de justiça e aqui falo de processo que ficam nos tribunais e acabam por prescrever. E o relatório anual não e muito claro  sobre isso. Devia constar de forma detalhada os processo que foram trabalhados, mas também dar a conhecer o tempo que estiveram no tribunal. Muitos processos continuam la”, pontua. Enquanto isso, a morosidade continuam e os processos nos tribunais so aumentam. 

Para a deputada, os processos deveriam ser trabalhados por ordem cronológica, ainda que os com maior complexidade e mais urgentes sejam priorizados. Dora admite que o Governo tem disponibilizado algum recurso para a justiça, mas os resultados não são os desejados. Por isso, pede ao Governo para ver o que e preciso fazer para melhorar o quadro da justiça em Cabo Verde. “E preciso que se saiba se faltam juizes, recursos humanos ou financeiros. A justiça tem de ser encarada de forma mais profunda em Cabo Verde, a começar pelo Presidente da Republica ao mais simples cidadão. Todos temos necessidade de uma justiça em Cabo Verde.”

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Tudo isso acontece, na óptica desta eleita, devido a falta de informação. Alias, admite, os próprios deputados enfrentam dificuldades para aceder a informações sobre a justiça, inclusive no Parlamento. A UCID promete bater também sobre os desafios de Cabo Verde face as mudanças climáticas e aos choques externos, outro assunto em agenda para esta sessão.  Sobre este particular, Dora diz que o seu partido vai estar atenta as informações e propostas do Governo, lembrando que a UCID tem vindo a chamar a atenção sobre varias aspectos e questões de mudanças climáticas, designadamente para a demolição das rochas, a a manha de areia, as lixeiras ao céu aberto, de entre outros aspectos.

Constança de Pina

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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3 Comentários

  1. DEIXA DE TRETAS DOUTORA DORA PIRES. ESTÁS INDO NO CAMINHO DO DOUTOR ANTÓNIO MONTEIRO. TENS QUE RESPEITAR AS MULHERES COISA QUE NUNCA DOUTOR MONTEIRO FEZ. CUIDADO COM O TEU TACHO. SENÃO DESTA VEZ A UCIDI NÃO IRÁ TER NENHUM DEPUTADO NO PARLAMENTO. RESPEITA A TUA CLASSE RESPEITA AS MULHERES DE CABO VERDE E DA PRAIA PRINCIPALMENTE.

  2. A Declaração de UCID sobre o Relatório da Justiça em CV e’ mais claro e transparente que o próprio relatório ,alem que sinaliza os pontos pretos como a soluções :informatizar e fiscalizar a Justiça .

  3. Concordo ,as listas não pode ser rejeitada p não ter o numero de mulheres q exige a Lei. Não se elege em função da quantidade mas que o orçamento , os eleitos para representar o povo não são como tal eleitos em função da quantidade ,nem elo gênero ,isto e’ formalismo , ortodoxismo e /ou matriarcado /patriarcado . A Lei de paridade e’ para que não seja rejeitada nenhuma mulher pelo facto do gênero . O representante do povo se elegem pela QUALIDADE . UCID tem que levar isso a discutir na AN ou ao Tribunal Constitucional ,sim!!

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