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Presidênciais: UCID declara apoio ao candidato Carlos Veiga

A Comissão Polícia da UCID aprovou, por unanimidade, apoiar o candidato Carlos Veiga nas eleições presidenciais de 17 de outubro e ser também parte activa no processo de escolha do próximo Chefe de Estado. Esta decisão foi tomada, diz António Monteiro, a 21 de julho, mas só hoje colocada na rua pelo envolvimento do partido e do seu presidente na questão de Amadeu Oliveira. O partido optou por Veiga com base nas suas “características políticas e humanas”, na esperança que o candidato faça valer a sua experiência.

Apesar das eleições presidências serem suprapartidárias, de acordo com Monteiro, a UCID foi abordada pelos candidatos Hélio Sanches, José Maria Neves e Carlos Veiga. Da análise interna, decidiram apoiar Carlos Veiga, em função dos interesses políticos e daquilo que se espera dele na Presidência da República nos próximos cinco anos. Mas promete estar atento para, caso for eleito, exigir o cumprimento das promessas feitas à UCID e à população.

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“A UCID vai apoiar Carlos Veiga na esperança de que, caso venha a ser eleito Presidente da República, fará uma presidência tranquila e onde a sua magistratura de influência em questões de justiça social e da própria justiça, da qualidade da educação e do desenvolvimento económico, este candidato faça valer a sua experiência, enquanto político e homem da cultura e da justiça”, referiu António Monteiro em conferência de imprensa hoje no Mindelo.

Estas características, acredita Monteiro, vão ajudar o país a ter uma presidência com a tranquilidade que todos os cabo-verdianos almejam e que ajude o Governo a encontrar os melhores caminhos para a gestão de Cabo Verde. “Analisamos todos os candidatos e entendemos que quer Hélio Sanches, quer José Maria Neves são também pessoas com experiência política e com capacidade presidencialmente, mas entendemos que Carlos Veiga reúne neste momento, para nós, as melhores condições”, pontuou.   

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Questionado se não teme uma possível hegemonia do MpD, partido da área política de Veiga e que neste momento governa com maioria absoluta, exemplificando com a postura do PR Jorge Carlos Fonseca, que antes era contra a nomeação de embaixadores políticos e depois mudou de posição, o presidente da UCID garante que todos estes pontos estiveram em cima da mesa. Mas, voltou a repetir, os candidatos são singulares e não partidários, independentemente de terem afinidade com um partido.

“O que temos de analisar aqui é o caracter e a postura do cidadão que concorre às eleições e que exerce a função de PR. Sem dúvida que o caso do anterior Chefe de Estado é paradigmático porque teve uma postura sobre a nomeação dos embaixadores políticos no Governo do PAICV e, agora, teve uma outra postura. Mas isso não tem a ver com o apoio dos partidos, mas sim com a forma de ser, valores e princípios de cada um.”

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Monteiro recorda que Veiga teve um papel interessante na democracia e soube aproveitar um momento histórico em que a UCID foi o esteio e trabalhou para isso e, depois de uma “travessia do deserto”, em que esteve fora do poder por cerca de 20 anos, entende que o candidato ganhou outra maturidade, outra experiência política e aprendeu com os seus erros do passado. Entretanto, se “sair da linha”, a UCID promete chamar a atenção de Veiga e mostrar que falhou e que, infelizmente, não dá para acreditar nos políticos, finaliza.

O ex-presidente do PAICV, José Maria Neves, foi o primeiro a formalizar a candidatura junto do Tribunal Constitucional. Hoje, às 10h30, o antigo presidente MpD Carlos Veiga e o jovem Fernando Rocha Delgado formalizaram a sua candidatura esta segunda-feira, enquanto que os candidatos Hélio Sanches e Péricles Silva ainda estão a preparar o processo. Fernando Rocha, Garantem, entretanto, formalizar a candidatura dentro do prazo legal. Já o jornalista e professor universitário Daniel Medina acabou por desistir por considerar que o Estado não lhe dá garantia de imparcialidade e transparência e também por questões financeiras.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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