SG da UNTC-CS nega acusação de barrar entrada de membro em reunião do SN
A Secretária-Geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde classificou hoje de “falsas” as declarações feitas por Tomás Delgado e Agostinho Silva, que afirmaram que esta barrou a entrada de membros do Secretariado Nacional (SN) em uma reunião deste órgão. Segundo Joaquina Almeida, estas afirmações pecam por ser falsas e divorciadas da realidade.
De acordo com a Secretária-geral da UNTC-CS, os membros do Secretariado Nacional presentes na reunião foram apenas os de plenos direitos deste órgão da Central, uma vez que os seus sindicatos já negociaram as dívidas com a Central. “Acontece que o Sr. Agostinho não é membro do SN, logo não recebeu a convocatória para a reunião e, consequentemente, a UNTC-CS não solicitou dispensa à CV Telecom”.
Indo mais além, Joaquina Almeida diz que Agostinho Silva é coordenador político regional do PAICV na ilha do Maio, eleito em janeiro de 2020, pelo que está vedado o exercício simultâneo com o cargo sindical na UNTC.CV, nos termos do artigo 20º dos Estatutos. “Foi-lhe comunicado deste facto após a sua eleição ao cargo partidário e nunca reagiu à comunicação. Por isso a UNT-CS não solicitou a sua dispensa para se deslocar a S. Vicente para a reunião da SN porque não é membro de nenhum órgão da UNTC-CS.”
Por tudo isso, diz a SG, é pura falácia tudo o que dizem estes dois sindicalistas. “Estão a litigar de má-fé, com falsidades e inverdades. Tentaram passar a imagem errada da UNTC-CS e da SG de modo a confundir a opinião pública”, acrescenta, aproveitando para clarificar que a Central não se compactua com situações de fraude e de violação da lei.
Para esta dirigente sindical, o problema aqui é que, durante 30 anos, houve incumprimentos dos estatutos e agora reagem mal porque são-lhes exigidos o cumprimento da lei e dos estatutos. Joaquina Almeida alega ainda que muitos sindicatos dizem que não podem pagar os 10% de quotas à Central, mas pagam subsídios de 20 mil escudos e até 45 mil escudos a dirigentes aposentados em casa, “fatiotando” assim o dinheiro dos trabalhadores.