SG da UNTC-CS lança, a partir do Mindelo, um apelo à união e ao diálogo interno
A Secretaria-Geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTCS-CS) presidiu hoje no Mindelo uma formação sobre liderança sindical e ciclo de projectos que decorre até esta quinta-feira e que contempla 25 dirigentes, delegados e activistas sindicais de São Vicente, Santo Antão e Santiago. Á margem desta formação, Joaquina Almeida lançou um apelo à união e ao diálogo interno, num recado claro aos conflitos que vem travando com alguns sindicais desde que tomou posse como SG desta Central Sindical.
“Esta gestão da UNTC-CS sempre promoveu o diálogo, o consenso e a procura do equilibro em todas as frentes. Temos vindo a encontrar alguns empecilhos, mas isso é normal. Na sociedade civil e em qualquer profissão encontramos sempre entraves e problemas, mas temos de ser capazes de os ultrapassar. Um líder sindical deve gerir conflitos, nunca gerar conflitos”, afirmou a Secretaria-Geral, que assumiu os confrontos diários com conflitos internos e na comunicação social com que tem vindo enfrentar.
Para Almeida, é preciso os evitar os conflitos, sob pena destes afugentarem os trabalhadores, que não vão querer fazer parte desta confusão. “Temos de ser resilientes e sermos capazes de resolver os nossos problemas internos com diálogo. Ir a comunicação social atacar, permite sempre direito de resposta e não resolve. Fomenta mais conflito. Daí o nosso apelo para unirmos, sentarmos a mesa e termos um dialogo franco, respeitando as diferenças. Mas tudo isso, dentro da legalidade.”
A dirigente sindical aproveitou ainda para deixar recados, dizendo que ser sindicalista não é uma profissão, mas sim uma missão. É que, diz, muitos dirigentes confundem o sindicalismo como uma profissão, esquecendo que são eleitos para exercer um cargo por um tempo determinado.
Sobre a formação em si, a SG da UNTC-CS afirmou que é sempre bom os dirigentes sindicais estarem capacitados, seja em liderança, ciclo de projectos, Código Laboral, ou normas internacionais porque, quanto mais preparados, melhores estarão para enfrentar os problemas. “Formação sobre liderança sindical porque precisamos. Os dirigentes sindicais precisam estar capacitados como verdadeiros lideres para poderem dialogar com os trabalhadores, com o patronato e com os parceiros”, frisa.
Quanto ao módulo sobre ciclo de projectos, realça Joaquina Almeida que o único recurso dos sindicatos são as quotas. Neste sentido, há uma necessidade dos delegados e dirigentes sindicais terem conhecimento como organizar um projecto de modo a conseguir financiamento de alguma organização internacional.