Os eleitos municipais de São Vicente aprovaram esta quarta-feira, em sessão ordinária, a ordem do dia depois de um ano e dez meses sem conseguir devido ao impasse reinante na Câmara Municipal. Nesta sessão, presidida por Albertino Gonçalves em substituição da presidente Dora Pires, foi ainda aprovada a ata da última sessão da última sessão de 04 e 05 de novembro.
O líder da bancada do MpD, Flávio Lima, começou por manifestar satisfação de poder, depois de muito tempo, a Assembleia Municipal voltar a conseguir reunir-se com uma agenda de trabalho muito importante e com documentos de suporte devidamente aprovados pelo executivo e cuja atenção está agora voltada para a aprovação do Plano de Atividades e Orçamento para o ano 2024.
“O debate, pelo que percebi, será acompanhado com muita atenção pelos munícipes, com alguma expetativa. Isto advém do regresso à normalidade do funcionamento da CMSV, resultante do acordo entre o presidente e os vereadores e o esforço, convém realçar, dos líderes dos partidos, mormente do MpD e da UCID, para a governabilidade do município, com especial ênfase na realização das sessões da CMSV e da aprovação dos instrumentos de gestão.”
Lima admitiu que, no final da sessão, gostaria de celebrar com os munícipes a aprovação do Plano de Atividades e Orçamento. “Queremos dar o nosso contributo para a provação destes instrumentos e, para isso, contamos com o engajamento dos colegas para que, no final, possamos apresentar a S. Vicente aquilo que os munícipes esperam. Estamos disponíveis para dar a nossa contribuição, enriquecer o documento e apresentar estes instrumentos para que as nossas instituições possam funcionar com normalidade.”, sublinhou.
Os líderes das bancadas da UCID e do PAICV prescindiram da palavra. Já o presidente da CMSV resolveu fazer um longo discurso. Para Augusto Neves, este novo ano de mandato tem de ter obrigatoriamente um compromisso com uma forma diferente de olhar para o universo autárquico. “Cumpre-nos procurar os consensos possíveis que se quer exercido sobre o signo da cidadania. A ideia prende-se com o facto de a ilha possuir um enorme potencial que, se bem explorado na atual conjuntura sócio-política que se apresenta favorável, poderá conduzir ao tão almejado nível de desenvolvimento”, frisou.
Para isso, o edil diz contar com uma equipa que, além de multi-disciplinar, apresenta-se qualificada e altamente motivada para abraçar e levar a bom porto o projecto autárquico arquitetado para este mandato. “É neste cenário que elaboramos o Plano de Atividades e o Orçamento para 2024. Um plano que, apesar de levar em linha de conta os naturais constrangimentos do momento impostos pela crise económica-financeira, com reflexos à escala global, é ambicioso e marca um ponto de viragem para uma nova era do processo de desenvolvimento da ilha, assente em pilares básicos como a qualificacao territorial, a eficiência económica, a justiça social e a prudência ecológica.”
Nesta perspectiva, prossegue, a infra-estruturação nos diversos sectores, a requalificação urbana e a modernização administrativa são áreas das quais irá injectar toda a energia. Neves prometeu ainda tudo fazer para engajar todos os funcionários. “Além disso, procuraremos uma articulação contínua com os nossos parceiros, designadamente os munícipes, instituições públicas e privadas locais, nacionais e internacionais. Enfim, com os que de uma forma ou de outra têm ou terão ligação com S.Vicente”.