Pub.
Pub.
Atualidade
Tendência

PR saúda e promete defender os direitos das mulheres em mensagem alusiva ao Dia Internacional da Mulher

O Presidente da República endereçou nesta terça-feira, 8 de março, uma saudação especial a todas as mulheres cabo-verdianas, desejando-lhes êxitos na vida pessoal, familiar e profissional. Na sua mensagem alusiva ao Dia Internacional da Mulher, José Maria Neves destacou as muitas conquistas das mulheres ao longo dos anos, mas lembrou que a pandemia da Covid-19 as afectou duramente e prometeu empenhar-se na defesa dos seus direitos, ou seja, na defesa dos Direitos Humanos e da Constituição da República, no que se refere à promoção da igualdade de oportunidades.

Segundo o Chefe de Estado, dotada de dedicação e coragem para enfrentar desafios e vencer lutas difíceis, ao longo da história, a mulher cabo-verdiana tem-se revelado uma autêntica heroína, encarnando a esperança do futuro e, qualquer vitória que Cabo Verde celebre, é uma vitória da mulher cabo-verdiana. Por isso, prossegue, todas as felicitações são justas e merecidas, não apenas num dia em especial. “Todos os dias devem ser de homenagem àquela que carrega Cabo Verde às costas e constitui o pilar mais sólido da sociedade e fortaleza da cabo-verdianidade, transmitindo, de geração em geração, a nossa língua, a nossa cultura e o nosso amor pátrio”, pontua.

Publicidade

JMN afirma que ainda há um caminho por percorrer, mas reconhece que, nos últimos 100 anos, as mulheres tiveram extraordinárias conquistas  a nível mundial. No caso de Cabo Verde, sustenta, a independência é o marco a partir do qual as mulheres viram a sua situação a evoluir de uma forma sempre ascendente, seguindo a tendência do resto do mundo. Porém, estes últimos anos têm sido de muita dificuldade para os cabo-verdianos, em geral, e para as mulheres, em particular. “A pandemia da Covid-19, que paralisou a indústria do turismo, afetou duramente as mulheres, que são quase a totalidade dos empregados em alojamentos e restauração”, indica.

A pandemia junta a guerra na Ucrânia que, afirma, inflacionou o custo de vida, principalmente das famílias monoparentais de baixos recursos e chefiadas por mulheres. Acrescenta, por outro lado, os sucessivos anos de seca, que, diz, somadas com todas estas crises, tiveram consequências socioeconómicas negativas, agravando as condições de sobrevivência das famílias mais carenciadas, evidenciando o rosto da pobreza e do desemprego, que é essencialmente feminino. 

Publicidade

O PR deixou claro que acredita que as mulheres podem alcançar todos os patamares da nossa sociedade, por direito, e por mérito já demonstrados, em todas as áreas profissionais, em lugares de direção ou na política. No entanto, estão ainda sub-representadas, resultando em menor poder económico, social e político. “A paridade é uma meta que ainda está distante, já que ainda subsistem situações de desigualdades e obstáculos que impedem muitas mulheres de alcançar seus objetivos e sonhos. Por outro lado, continuam a ser vítimas da VBG, uma triste realidade que nos envergonha e que devemos combater de forma vigorosa”, lamenta.

Por tudo isso, na qualidade de Presidente da República, promete empenhar-se na defesa dos direitos da mulher, ou seja, na defesa dos Direitos Humanos e da Constituição da República, no que se refere à promoção da igualdade de oportunidades entre os cidadãos. “Devemos reforçar a sensibilização em relação à promoção de equidade e igualdade de género, através do seguimento das ações, e aproveitando da melhor forma o quadro legal. Há que envidar esforços para que sejam executadas políticas públicas mais assertivas, capazes de proporcionar melhores alternativas às mulheres, por forma a garantir-lhes uma melhor qualidade de vida, especialmente nas comunidades rurais mais pobres. O combate à pobreza feminina e à VBG deve mobilizar toda a sociedade no sentido da implementação de políticas consistentes de forma a alcançar os objetivos pretendidos”, justifica. 

Publicidade

Disse solidarizar-se com todas as mulheres dos países em guerra e com as vítimas da violência, discriminação, assédio sexual, moral e político e do desrespeito pela dignidade  da pessoa humana. “A minha homenagem às heroínas de todo o mundo, por tudo o que tendes feito pelo bem da humanidade, por todos os sacrifícios consentidos, pelas esperanças que difundem e pela perseverança e resiliência de todos os dias,”, enfatiza, lembrando que em África ainda se vive os dramas das guerras, dos golpes de Estado, do terrorismo, das mudanças climáticas e do desrespeito pelos direitos civis e políticos e pelos direitos sociais, económicos e culturais das pessoas. 

Para JMN, estes são dramas que agravam as desigualdades e a pobreza e que afetam particularmente as mulheres. “Os desafios são, pois, enormes. Temos de estar preparados para os enfrentar, com coragem e ousadia, realizando as reformas que são necessárias e colocando todos os recursos materiais e intelectuais ao serviço da humanidade. Só assim estaremos a empoderar as mulheres, a promover o bem comum e a construir a África que queremos e um mundo melhor para todas e todos.”

Mostrar mais

Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo