Paulo Veiga apresenta quatro projetos da Fundação Carlos Albertino Veiga no Ocean Summit

O presidente da Fundação Carlos Albertino Veiga apresentou esta manhã, no Terminal de Cruzeiros do Mindelo, integrado na segunda edição do Ocean Summit, quatro projectos ligados ao mar: Sino de Mergulho, Observatório do Oceano, Drones do Oceano e Hub Fundação Carlos Albertino Veiga. À imprensa, Paulo Veiga explicou que os projectos versão sobre a literacia que, para a fundação, tem três significados: conhecer, saber e agir.
De acordo com este responsável, a Fundação C. Albertino Veiga está focada no agir, porque como se sabe, os cabo-verdianos gostam de estudos e projetos, mas depois não agem para efetivar o que estudam e sabem para os pôr em prática. “O nosso projeto Observatório do Oceano é uma plataforma aberta com dados sobre o oceano, sobre as nossas infraestruturas e sobre as comunidades piscatórias”, explicou.
Para concretizar este projecto, afirmou, a Fundação firmou parcerias com as instituições do mar e quer agora rubra acordo com a estatística e também com instituições governamentais em Portugal para poder ter acesso a dados e partilhar de forma aberta, num único sítio, o que se sabe sobre o mar. “É um projeto em constante movimento, que vai acolher cada vez mais informação. Mas apresentamos aqui também o Blue Hub no Atlântico, que consiste na criação de rede onde conseguimos juntar as instituições públicas, Ongs e empresas que trabalham direto ou indiretamente com o oceanopara podermos ter informação conjunta e também mobilizar recursos conjuntos.”
P. Veiga justifica dizendo que Cabo Verde é um país pequeno e precisa de juntar a outros parceiros para ir buscar financiamentos para a conservação e para a exploração sustentável do oceano. “A Fundação está disposta e vai deixar esse desafio aqui hoje, que é de criar e ajudar a gerir este hub. Não vamos interferir no projeto individual de cada um, mas vamos como um todo, em rede, apresentar à União Europeias nossas ideias para a conservação, ou por exemplo, o grande trabalho que a biosfera faz ou o trabalho que a Enapor quer fazer de transformar o Porto Grande em porto azul, ( ou as necessidades da fresca ao mar para se tornar mais sustentável, conseguiremos trazer muito mais financiamento para Cabo Verde.”
Defende o presidente da Fundação Carlos Albertino Veiga que cada entidade pode gerir o financiamento conforme os seus propósitos, mas criar a rede fará diferença tanto para o oceano como para o desenvolvimento de C.Verde. “Já temos parceria com uma empresa de drones que apresentou aqui imagensque fez em São Vicente. São drones que utilizam inteligência artificiale que podem medir a temperatura da água, podem repassar, por exemplo, informação às ONGs que protegem as tartarugas, sobre onde saíram. Todas as informações recolhidas serão trabalhadas e partilhadas na plataforma e podem ser entendidas por um pescador, um jornalista ou por um cientista”, detalha.
Foi apresentado ainda o projeto Sino de Mergulho Virtual, uma experiência imersiva para crianças. Segundo o presidente, a Fundação já tem parceria com duas empresas de transportes marítimos em Cabo Verde, e uma com a Fundação dos Mares em Portugal. Esta última compromete-se a criar conteúdo, enquanto a IMAR disponibiliza biólogos que irão às escolas falar com as crianças. “Eles vão levar os muitos para dentro do Sino Virtual, onde vão mergulhar para fundo do mar. Podem descer de um a 10 metros e ir testando a temperatura da água, os tipos de peixes existentes, incluindo os tubarões. Queremos despertar a curiosidade das crianças e estimulá-las a se apaixonar pelo mar.”
Paralelamente, foram assinados protocolos com a Nortuna e a Island Innovation. Esta última tem a ver com os Pequenos Estados Insulares (SIDs) e trabalha nas Caraíbas, mas que Veiga espera a trazer para C. Verde.








