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Oliveira já está em Lisboa, mas indisponibilidade de lugar no voo pode retardar regresso a Cabo Verde

Amadeu Oliveira já está em Portugal, após viajar esta madrugada de França. Mas o seu regresso a Cabo Verde pode ser retardado por conta da indisponibilidade de lugares nos voos com destino ao arquipélago e do valor excessivo da passagem de regresso. Espera, no entanto, viajar para o país no próximo sábado.

“A única companhia a operar para Cabo Verde é a TAP. A sua classe económica está cheia e há poucos lugares na Executiva e pelo preço de 214 mil escudos. Esta é a única razão porque não vou viajar para Praia esta quinta-feira”, diz Oliveira, realçando que viajará no sábado para a Capital, via ilha do Sal, novamente por indisponibilidade de lugar nos voos.

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Assim que chegar à ilha de Santiago, afirma, vai entregar a sua cabeça à Procuradoria-Geral da República ou ao Presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia. “Estou tranquilo porque a razão está do meu lado. Vou entregar a minha cabeça na PGR ou na Assembleia Nacional, isto se não for preso no Aeroporto Internacional da Praia, ao desembarcar”, refere.

Questionado em que se baseia para se sentir seguro, Amadeu Oliveira cita três acórdãos, mas sobretudo o número 8/2018 de 26 de abril, relatado pelo juiz constitucional professor-doutor Pina Delgado, que mandou libertar Arlindo Teixeira. “Este juiz entendeu que havia razões para acreditar que Teixeira terá agido ao abrigo de legítima defesa. Os outros dois acórdãos também estão relacionados, mas este é o mais relevante”, detalha.

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De referir que, em França, depois de detidos e interrogados, a dupla Arlindo Teixeira e Amadeu Oliveira foi libertada porque a PGR e Polícia Judiciária daquele país entenderam valorizar e respeitar o acórdão número 8/2018. “Infelizmente, em Cabo Verde, o Supremo Tribunal da Justiça não quer respeitar o mesmo acórdão”, desabafa Oliveira,

Relativamente a detenção de Arlindo Teixeira e Amadeu Oliveira naquele na França, este diz não saber ainda como as autoridades daquele país se viram envolvidos neste imbróglio. “Acredito que podem ter sido accionados pela recepcionista do hotel onde ficamos hospedados, mas não posso precisar porque ainda não sei o que aconteceu”, finaliza.

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Entretanto, Jorge Carlos Foseca, Presidente da Repuública, quer o esclarecimento rigoroso e imediato da saida de Arlindo Teixeira de Cabo Verde, acompanhado de Amadeu Olveira, seu advogado, quando estava em prisão domiciliária.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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