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Movimento para Desenvolvimento de São Vicente preocupado com situação dos bombeiros

O Movimento para Desenvolvimento de São Vicente convocou hoje a imprensa no Mindelo para manifestar a sua preocupação com a situação dos bombeiros e questionar se estes estão à altura das suas responsabilidades de proteger a vida e os bens das pessoas desta ilha. É que, segundo o porta-voz deste movimento, as declarações do vereador da Protecção Civil, no dia 8 de Agosto, deixam entender que a situação é preocupante e mostram que “São Vicente não dispõe de um serviço de Protecção Civil e Bombeiros com capacidade operacional para dar resposta às necessidades da ilha”, afirma Maurino Delgado, realçando que, por isso, o movimento vai, através de um abaixo-assinado, pedir a Assembleia Municipal para nomear uma comissão de inquérito com o objectivo de verificar o estado desses serviços e esclarecer os munícipes.

Delgado também questiona se existem equipamentos e materiais adequados para o exercício da profissão e a política de protecção levada a cabo pela Câmara de São Vicente, lembrando que uma das competências do Presidente é dirigir o serviço municipal de protecção civil. E é o próprio a responder a estas questões. “Se o serviço de protecção civil funcionasse os sucessivos acidentes com perdas de vida na extração de areia no Lazareto teriam sido evitados. A CMSV, a data, tem culpa nesses acidentes por omissão das suas responsabilidades institucionais”, declara, lembrando que a lei diz que compete ao Serviço de Protecção Civil e Bombeiros prevenir ou minimizar os riscos de acidentes graves, desastres e calamidades.  

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No entanto, prossegue, é o próprio vereador a confirmar que São Vicente dispõe de 21 bombeiros profissionais. Desses, cinco estão afectos a ASA e seis fora do serviço operacional por incapacidade medida, o que significa que apenas dez estão aptos. “O vereador admite insuficiências na corporação, alegando que os motivos são alheios à autarquia, o que é estranho. Diz que se existe falta de equipamentos a culpa é do PAICV que esteve 15 anos no poder, sem investir nos bombeiros. Também é estranho porque estamos a falar de um serviço municipal”, frisou Delgado, que deixa claro que o objectivo do movimento é chamar a atenção dos órgãos de gestão municipal e dos munícipes para a importância do serviço.

Para Delgado, o Serviço de Protecção Civil é um importante factor de desenvolvimento e de bem-estar das populações. Também é favorável ao ambiente de negócios pela garantia de segurança que dá ao investidor.  Por isso, diz, se as coisas correm mal neste serviço, é responsabilidade do município pelo que não é correcto passar a bola para os governos.

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Lembra que a boa gestão do município obriga a definir prioridades e, no role destes, os Serviços de Protecção Civil e Bombeiros têm de figurar em primeiro plano porque protegem a vida e os bens das pessoas. “A Protecção Civil e Bombeiros é uma responsabilidade do município, que possui recursos e competências para organizar os seus serviços”, reforça.

Neste sentido, afirma, tem de ter prioridade sobre o concurso para polícia municipal em curso e sobre as despesas com os festivais, as tocatinas de todos os sábados na Rua de Lisboa, o Carnaval e a asfaltagem da estrada da Ribeirinha. Tudo isso, para concluir que a situação de incapacidade operacional dos bombeiros e as insuficiências do SPC não são por falta de recursos financeiros, mas sim de políticas correctas de gestão.

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Por ser uma questão urgente e de máxima importância, apela os munícipes a estarem atentos à governação do município e a exigir políticas equilibradas na gestão dos bens comuns, realçando que sem um Poder Local competente não há desenvolvimento de São Vicente.

Constânça de Pina

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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5 Comentários

  1. É de lamentar que se gastam 40 mil contos em festivais.. (poderia fazer um festival de qualidade, mas com um orçamento bem menor) e dar prioridade a outras valências como o empreendedorismo jovem, e formações profissionalizantes de modo a driblar o desemprego e ajudar as famílias mais carenciadas

  2. Sr.Firmino roubou as palavras da minha boca. Que ninguém use e ninguém aceite a desculpa que a autarquia de SV não tenha dinheiro para as coisas pq os 40 mil contos gastos em 3 dias no festival falam por si. Já é tempo de as pessoas começarem, com a sua ausência, a boicotar esses festivais que só servem para promover o álcool e a alienação

  3. A associação Júlia Life no seu memorando de suas missões (visitem http://www.julialife.org) propõe o reforço das instituições seguintes para que haja um serviço de atendimento de urgências fora do hospital . No que refere ao reforço dos bombeiros municipais encetamos contactos (geminação entre o municipio de Barreiro que o Parlamentar João Gomes conhece MUITO BEM) e o municipio de São Vicente para intercambio com os nossos profissionais Bombeiros àvidos de conhecimento . Os comandos dos Bombeiros Municipais do Barreiro (80000 habitantes e o estuàrio do tejo como componente) estão à espera das nossas Autoridades Municipais. A vareadora Lidia sabe e o Reitor da Univrsidade do Mindelo sabe. Os Bombeiros Municipais de São Vicente fazem mais de 16 abordagens de emergencias em São Vicente por dia. com perfil de casos GRAVES . Precisa-se de enfermeiros com formação espedífica , a trabalhar em equipa com Bombeiros pagos pela Proteção Civil ou seja pelo Ministèrio da Administração Interna e não pelo Ministèrio da Saúde Pública . . As matèrias de formação já estão escritas pela AJL. Carlos Feliciano, enfermeiro Urgentista , presidente da Associação Júlia Life , Mestre em Política e Gestão de Sistemas de Saúde.

  4. O memorando de atividades da nossa Associação Júlia Julia Life “nos tud ê nos tud” contempla o reforço das instituições em nomeadamente em São Vicente onde atuvudades concretas para a capacitação dos Bombeiros Municipais de São Vicente estão bem PATENTES. . Exemplo: Geminação com o Municipio de Barreiro, interação entre os Bombeiros Municipais de São Vicente e de Barreiro , doação de equipamentos em função da avaliação feita por profissionais , formação e estàgios de nossos profissionais , formação e estagios de agentes 112 modelos de interação pluridisciplinares etc. A Associação Júlia Life não pode avançar mais sem o contributo e a aceitação do Senhor presidente da Câmara Municipal de São Vicente Doutor Augusto Neves.

  5. Toda a iniciativa que ira servir para
    beneficiar o *ze-POVINH0* eh intencionalmente posto em banho
    Maria, uma vez’ que pode melhorar a QUALIDADE de VIDA dos que mais necessitam.

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