MM visita regata “Globe 40 – 2025” suportada financeira pelo Governo em 100 mil euros
O Ministro do Mar visitou no final da tarde de ontem a regata internacional “Globe 40 – 2025”, que está atracada na Marina do Mindelo, suportada financeiramente pelo Governo em 100 mil euros. Jorge Santos justifica destacando a importância desta prestigiada competição na projeção de Cabo Verde no circuito mundial de desportos náuticos.
São oito navios e respectivas equipas de várias nacionalidades, entre outras, francesas, belgas, brasileiras e alemães, representando todos os continentes, explicou o governante, detalhando que cada equipa é constituída por pessoas que estão em São Vicente e nos respetivos países, e uma equipa de comunicação. “Por detrás de cada embarcado existem fortes equipas de promoção”, reforça.
Argumenta Santos que o Governo associa-se aos propósitos de proteção do oceano do “Globo 40 – 2025”, justificando assim o patrocínio. “O Governo tem um contrato com o Globe 40, no sentido de patrocinar, em função também daquilo que conseguimos em cada regata. Estamos a dialogar com os organizadores e com certeza que vamos, na medida das possibilidades do MM dar um suporte forte”.
Em termos concretos, segundo o ministro, os valores se aproximam dos 100 mil euros por cada regata, sendo que esta partiu de Cádiz na Espanha no dia 14 de setembro, vai permanecer em São Vicente até o dia 2 de outubro e tem conclusão prevista para abril no próximo ano, na cidade francesa de Lorient. Até lá, os velejadores passarão ainda por destinos emblemáticos como Ilha da Reunião, Sydney (Austrália), Valparaíso (Chile) e Recife (Brasil).
Entende o Ministro que a escala em Mindelo representa uma oportunidade estratégica para São Vicente, tendo em conta que a presença das embarcações e suas equipas gera impactos positivos diretos na economia local, especialmente nos setores da hotelaria, restauração e serviços associados à náutica. A este junta-se ainda uma extensa comunicação internacional sobre Cabo Verde, que ajuda a chamar a atenção sobre a proteção dos oceanos e do ecossistema.
Santos citou, a título de exemplo, os vários programas de proteção do oceano em curso e lembrou que Cabo Verde está associado a muitas plataformas digitais de exploração oceanográfica. Afirmou, por outro lado, que a economia azul já representa 19% do produto interno bruto nacional e é responsável por 15% do emprego. Por isso a importância dessa regata que faz a promoção da economia azul que só desenvolve se o oceano for protegido.
Criada em 2022/2023, segundo o coordenador do “Globe 30”, esta é a segunda vez que a regata passa por São Vicente. “Estive aqui antes para preparar a etapa e também para participar do Ocean Week. Para nós, esta é uma etapa muito bonita, porque geograficamente fica no meio do Atlântico e nos permite fazer uma escala antes de ir à África do Sul e ao Oceano Índico. A infraestrutura do porto e o calor cabo-verdiano fazem daqui um país que se leva no coração”, declarou Manfred Ramspacher.
Desta vez, acrescentou, a etapa tem também um cariz solidário devido à tempestade Erin. Com apoio do Credit Mutuel, Manfred Ramspacher informa que trouxeram materiais escolares para oferecer a 1200 crianças. “Cada barco trouxe uma bagagem de 15 quilos de materiais, que foram entregues à uma associação e à uma escola. Mas o mais importante vem por via aérea. Há três paletes de 800 quilos, que estão actualmente em Lisboa e que deverão chegar a Mindelo num voo da TAP”, sublinhou.
