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ME suspende aulas no Carnaval e Cinzas, mesmo sem tolerância de ponto 

O Ministério da Educação vai manter a interrupção lectiva prevista para os dias 28 de fevereiro a 2 de março, de acordo com o Calendário Escola 2021/2022, informou a tutela em uma curta publicação na sua página no facebook. Esta informação, que é direccionada aos alunos, pais e encarregados de educação, já suscitou muitas reacções.  

A publicação foi feita no final da tarde de ontem e despoletou muitas reacções, com alguns a apoiar e outros a criticar esta decisão do ME. É o caso, por exemplo, de Francisco Monteiro que condena esta suspensão das aulas, dizendo que os pais que trabalham e têm filhos pequenos e não têm quem cuidar deles ficam sem saber o que fazer. “Não tem sentido, visto que não há Carnaval, festa de Cinza e nem tolerância de ponto” diz, para afirmar logo de seguida que os dirigentes de Cabo Verde gostam de gozar com as pessoas. “O pior é que ainda há gente que aplaude. Estamos atrasando o país Sr. Ministro. Estes alunos estão atrasados há dois anos e vão ficar atrasados a vida toda”, desabafa.  

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Nenelo de Pina concorda que há alguma incongruência nesta medida, tendo em conta que, afirma, não foi permitido fazer o Carnaval. “Qual é a lógica então em dar férias de carnaval aos alunos?”, interroga. Igualmente Sofia Fernandes mostra-se preocupada com o que fazer com as crianças durante os três dias de interrução lectiva, tendo em conta que não há pausa para os pais e encarregados de Educação. Esta aproveita para advertir o ministério a estar em sintonia com as decisões do Conselho de Ministro, que suspendeu tolerância de ponto no Carnaval e Cinza.  

Do lado dos jovens, as reacções são diferentes. Activado, diz Daisy Lopes, enquanto Samira Moreno considera a decisão “maravilhosa”, outros ainda agradecem e aplaudem. Esta deliberação do Ministério da Educação, refira-se, teve até agora, menos de 24 horas após a sua publicação, 372 partilhas e 43 comentários.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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