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ME lança prémios para incentivar e mapear investigadores cabo-verdianos

O Ministério da Educação, em parceira com a cooperação internacional e instituições privadas nacionais, acaba de lançar três prémios de investigação para promover a competição académica e científica. Podem participar candidatos residentes no país e na diáspora. A Secretaria de Estado da Educação justifica para o Mindelinsite a institucionalização destes prémio para incentivar e forjar uma cultura de investigação no país e a comunicação da ciência . 

Segundo Eurídice Monteiro, há trabalhos de investigação feitas no país e na diáspora que retratam o arquipélago, produzidos por cabo-verdianos em equipas ou individualmente e que não são conhecidos ou considerados. “A criação destes prémios permite, sobretudo, fazer um mapeamento dos investigadores e cientistas cabo-verdianos, originários ou de ascendência. A nossa preocupação maior é justamente neste momento muito importante na vida do país, em que pretendemos institucionalizar um sistema nacional de ciência, então queremos fazer este mapeamento de cabo-verdianos que realizam investigação, que dedicam a ciência e a tecnologia, tanto no país como na diáspora”, enfatiza. 

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A SE da Educação acredita que, como isso, será possível dar um contributo não só às universidades, mas também às empresas, aos institutos públicos e à sociedade em geral nesta missão que é criar uma sociedade de conhecimento e fazer de Cabo Verde uma plataforma de conhecimento. “É este o propósito desta iniciativa de dar visibilidade a produção cientifica realizada por cabo-verdianos, sobre Cabo Verde e mapear também os que fazem a ciência no país e na nossa diáspora”, reforça. 

Neste sentido, serão distinguidos os projectos de investigação concluídos nos últimos três anos (Cabo Verde Global Scientific Prize – GSP), as teses de doutoramento de jovens até 35 anos que tenham sido defendidos nos últimos três anos (Cabo Verde Prize for Young Scientists – PYS) e os trabalhos para mestrado ou doutoramento de meninas e mulheres nas Tecnologias de Informação e Comunicação – PGW). Cada prémio será no valor global de 1.500 contos, sendo 500 contos valor da distinção, 500 contos da publicação e 500 contos da internacionalização, incluindo a sua tradução. 

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Secretária de Estado da Educação

Todos os projectos devem ser submetidos até 30 de abril para serem avaliados por uma equipa multidisciplinar, composto por cinco especialistas no país e no exterior. O vencedor será anunciado em Julho e a publicação em setembro. Em termos concretos, o prémio Cabo Verde Global Scientific Prize, de acordo com o regulamento, visa responder aos interesses de desenvolvimento sustentável do país. “Cabo Verde Global Scientific Prize destina-se a promover a divulgação da ciência e a escolha é congruente com o futuro de Cabo Verde. Terá a periodicidade anual”, lê-se no documento, que informa ainda terá de ser um projecto de investigação inédito, individual ou coordenado por um investigador cabo-verdiano, nas línguas portuguesa, inglesa, francesa ou espanhola. 

O Cabo Verde Prize for Young Scientists, prossegue, destina-se a promover e a fomentar uma cultura de investigação científica e também tem periodicidade anual. Este prémio distingue uma Tese de Doutoramento de um investigador cabo-verdiano, com idade não superior a 35 anos, escrita em língua portuguesa, inglesa, francesa ou espanhola. E, nesta edição, premeia uma tese defendida nos últimos três anos – de 1 de janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2021-, proveniente de uma universidade nacional ou estrangeira, de qualquer área disciplinar. Dos 1.500 contos do prémio, 500 é de rendimento de propriedade intelectual e será entregue ao autor no dia da comunicação do resultado; 500 contos é para publicação por Cabo Verde Edições, editora nacional de divulgação cientifica que visa a contribuição acessível no contexto universitário nacional e 500 é para a internacionalização.

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Igualmente o Cabo Verde Prize for Girls and Women nas TICs (PGW), segundo o regulamento, visa promover a divulgado da ciência e fomentar a cultura cientifica. Distingue uma tese de mestrado ou doutoramento de uma investigadora cabo-verdiana escrita em língua portuguesa, inglesa, francesa e espanhola, proveniente de uma universidade nacional ou estrangeira defendida nos últimos três anos. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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